Filhos do meu ventre,
Bradastes forte o meu nome
Num coro suave e retumbante.
Guardastes minhas origens, prazeres...
Em virtude de um reconhecimento
Que só mais tarde haverias de perceber.
Quando pequenos e simples
Seus corpos nus desfilavam ao amanhecer do dia,
A dizer, somos frágeis pequeninos.
Isso significava um começo de lutas e conquistas.
Pele manchada...Olhos assustados,
Mãos ásperas e sujas.
Sim! Desajeitados e criativos!
Trajavam-se com poucos panos e
quando sentiam a noção do perigo
Abraçava forte a terra,
Pisava fundo no chão,
E expelia num grito todo seu medo.
Uhhh!!!!! Ia fundo,
não me negando mesmo diante da morte.
Já davam longos passos
e a corrida de uma vida não bastava.
Precisavam de várias vidas,
vários caminhos...
e um único destino:
-Ser livre!
"Independência ou Morte!”
Dá-se o grito por um novo começo
Nova organização,
novo modelo, nova fase!
Estrutura mordenizada,
maquinários, ferrovias e indústrias...
Ferramentas para um progresso vivo
levando a conquista de sua independência.
Que força! Que coragem!
Continuaram crescendo...e continuam...
São poderosos agora, até não precisam mais de mim
Pena que poucos de vocês reconheceram meu valor,
Mas...isso não tem importância,
Pois sempre estarei aqui,
diante de seus pés a lhes proteger...
Meus queridos filhos!
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