E esta lágrima que não brota
Pelo grito preso em meu peito,
Vermelho-sangue, não desbota
Nessa dor que não tem mais jeito.
Olhares passeiam furtivos
Celebrando nossos mistérios
Da alma, as razões, os motivos
Das quedas de nossos impérios.
Saudade negra que não fenece,
Tributo insano a quem não sabe
Amar e, a paixão, não percebe.
Ah! Como são tolos os espertos,
Que não aceitam, mesmo que fale,
Os sentimentos já despertos.
nubia.soares@uol.com.br |