De tudo que fizeste pelo amor
Que pensavas sentir por aquela
Que te amava e desejava com dor
Pintar-te das cores da aquarela,
Nada adiantou, tudo foi em vão,
Porque o teu coração não guardava
O real sentido de uma paixão,
Que há muito o corpo dela abrigava.
E do teu medo fez-se o pranto dela,
Tão suave, claro, insano e louco
Tão carente e pedindo tão pouco:
Que apenas aceitaste uma vida
Com toda a beleza tão singela
E de uma leveza indefinida.
nubia.soares@uol.com.br
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