Prezado amigo Geferson
O Brasil é o único país do planeta que tributa os pobres e os miseráveis. Uma aberração econômica que impede o Brasil de crescer de forma saudável e madura, com isso os nossos governantes de plantão cuidam apenas da tesouraria. Mas quem se importa com esses estudos dos babacas?
Análise Qualitativa da Carga Tributária Brasileira – Fonte MF
Base: Ano de 2014
Tributos
| Brasil % PIB
| %
| Média OCDE % PIB
| %
| Estados Unidos % PIB
| %
| Sobre a Renda, Lucro e Ganho de Capital
| 5,9
| 18,21
| 12,0
| 34,00
| 12,5
| 48,08
| Sobre a Folha Salarial (Inclui Previdência)
| 8,4
| 25,93
| 9,7
| 27,48
| 6,2
| 23,85
| Sobre a Propriedade
| 1,4
| 4,32
| 1,9
| 5,38
| 2,8
| 10,77
| Sobre Bens e Serviços
| 16,7
| 51,54
| 11,7
| 33,14
| 4,5
| 17,30
| Totais
| 32,4
| 100,00
| 35,3
| 100,00
| 26,0
| 100,00
|
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Temos que sair do debate míope, se a carga tributária é muita ou pouca, migrando para o debate se a carga tributária é eficiente e justa. Senão vejamos:
Ao analisar a carga tributária temos que ter o compromisso de saber se é eficiente (se há retorno para os contribuintes) e que no caso brasileiro, sem maiores aprofundamentos de estudos, é de conhecimento amplo, geral e irrestrito que não há retorno, já que 50% da população economicamente ativa, além de pagar os tributos devidos têm que pagar por Educação, Saúde e Segurança.
Outro ponto de análise importante é se há justiça na política tributária, ou seja: se a política tributária é progressiva (paga mais quem ganha mais) ou regressiva (paga mais quem ganha menos) e no caso brasileiro, com base no quadro demonstrativo acima, é óbvio para um primário a criminosa e imoral regressividade da nossa política tributária que concentra a sua voracidade arrecadadora na tributação de bens e serviços correspondendo em 2014 em 16,7% do PIB (51,54% do total), enquanto nessa mesma fonte arrecadadora a média da OCDE foi de 11,7% do PIB (33,14% do total) e, pasmem, os Estados Unidos foi de 4,5% do PIB (17,30% do total).
Resumo:
A composição da Carga Tributária dos Estados Unidos tem como base 82,70% de sua arrecadação incidindo sobre a Renda, Lucro, Ganho de Capital, Folha Salarial e Propriedade (classes privilegiadas da nação americana) e apenas 17,30% incidindo sobre Bens e Serviços (arroz, feijão, remédios, transportes e educação). Com uma Carga Tributária total de apenas 26,0% do PIB.
A composição da Carga Tributária média dos países da OCDE tem como base 66,68% de sua arrecadação incidindo sobre a Renda, Lucro, Ganho de Capital, Folha Salarial e Propriedade (classes privilegiadas das nações analisadas) e apenas 33,14% incidindo sobre Bens e Serviços (arroz, feijão, remédios, transportes e educação). Com uma Carga Tributária média de 35,3% do PIB.
A composição da Carga Tributária do Brasil tem como base 48,46% de sua arrecadação incidindo sobre a Renda, Lucro, Ganho de Capital, Folha Salarial e Propriedade (classes privilegiadas da nação brasileira) e 51,54% incidindo sobre Bens e Serviços (arroz, feijão, remédios transportes e educação). Com uma Carga Tributária total de 32,4% do PIB.
Conclusão:
Dentre os países analisados o Brasil é o que possui a mais injusta, imoral, criminosa, desumana e regressiva Carga Tributária. Uma vergonha internacional que certamente continuará tendo o silêncio de todos: por omissão, covardia ou conivência.
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini
(48) 99636-7322
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Membro do Grupo Pensar+ www.pontocritico.com
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De: Geferson Alves [mailto:...@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 3 de abril de 2017 18:31
Para: Francisco José Duarte de Santana
Cc: Ricardo Bergamini
Assunto: Re: Aumento da Carga Tributária - 03
& 8203;
Em 29 de março de 2017 19:09, Francisco José Duarte de Santana <...@gmail.com> escreveu: Como eu previ em meu artigo em ANEXO. Em 29 de março de 2017 19:04, Ricardo Bergamini <ricardobergamini@ricardobergamini.com.br> escreveu: Prezados Senhores Depois de longa data, o ministério da fazenda chegou à conclusão do que venho dizendo, que a lei que limita os gastos públicos foi apenas para concorrer ao “Oscar de efeitos especiais”. Finalmente está definido. Vai haver aumentos de impostos. Aleluia! O governo de plantão, seja ele qual for, somente tem poder sobre 15,16% do orçamento, o resto está todo engessado. Análise da baixa eficácia da lei que limita os gastos públicos, tendo servido apenas para concorrer ao “Oscar de Efeitos Especiais” do governo de plantão. - Gastos com Pessoal (inclui RPPS) não obedece aos governantes de plantão, mas sim as cláusulas pétreas da Constituição com os seus ilimitados e intocáveis direitos adquiridos. Correspondeu a 14,31% das despesas em 2016. - Juros e as demais Despesas de Capital não obedecem aos governantes de plantão, mas sim as leis do mercado financeiro. Correspondeu a 29,05% das despesas em 2016. - Transferências para estados e municípios não obedecem aos governantes de plantão: as constitucionais obedecem aos percentuais estabelecidos na Constituição em função da receita da União, e as voluntárias dependem das catástrofes naturais (São Pedro). Correspondeu a 15,74% das despesas em 2016. - Benefícios Previdenciários (RGPS), segundo o próprio governo, as previsões são catastróficas e dependendo de uma reforma, seja ela qual for essa reforma somente terá efeito prático de muito longo prazo. Correspondeu a 25,74% das despesas em 2016. Em vista do acima exposto somente restará ao governo controlar as “outras despesas correntes”. Correspondeu a 15,16% das despesas em 2016. Fazenda confirma que adotará medidas de aumento de receitas para cumprir meta Estadão Conteúdo 29.03.17 - 11h54 34 Faltando poucas horas para o anúncio de medidas de alta dos tributos, o Ministério da Fazenda confirmou que terá que adotar medidas de aumento das receitas para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano e cobrir o rombo de R$ 58,1 bilhões do Orçamento. Estudo da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), divulgado na manhã desta quarta-feira, 29, prepara o terreno para explicar em detalhes a necessidade da elevação da carga tributária diante do pouco espaço para cortes das despesas. No estudo, a Seae antecipa que “não há como o governo federal cortar R$ 58,1 bilhões de despesas em 2017, sem prejudicar despesas importantes para o funcionamento do Estado, a exemplo do investimento em penitenciárias e de gastos para o funcionamento da Polícia Federal e combate à fome”. A Fazenda argumenta que um contingenciamento muito grande levaria a atrasos de pagamentos e ou afetaria a qualidade de oferta dos serviços públicos, com impactos sobretudo nas áreas de saúde e educação. Segundo o estudo, 93% da despesa primária não é passível de corte. “Assim, o cumprimento da meta de R$ 139 bilhões este ano exigirá medidas de aumento de receita.” Conforme antecipou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), o estudo mostra que o conjunto de gastos passíveis de contingenciamento é de R$ 96 bilhões para um total de R$ 1,326 trilhão de despesa primária aprovada na Lei Orçamentária de 2017. “Em outras palavras, apenas 7% da despesa primária aprovada pode ser contingenciada”, diz o estudo da Seae. Pelos cálculos da secretaria, caso fosse praticado um corte do tamanho da insuficiência orçamentária existente para o cumprimento da meta fiscal, ou seja, se fossem cortadas R$ 58,1 bilhões de despesas, seriam eliminadas 61% de todas as despesas discricionárias do governo. Na prática, adverte o Ministério da Fazenda, esse montante significaria a impossibilidade de o governo federal terminar o ano fiscal sem comprometer despesas importantes nas áreas de saúde e educação. De acordo com a Seae, se forem retiradas as despesas passíveis de contingenciamento dos ministérios da Saúde e Educação, todas as demais despesas de custeio somariam R$ 36 bilhões – valor inferior aos R$ 58,1 bilhões necessários para o cumprimento da meta fiscal. “Infelizmente, o Brasil ainda tem, segundo o Banco Mundial, um dos orçamentos mais rígidos do mundo e, assim, uma redução rápida da despesa primária por decisão unilateral do Poder Executivo por meio de um contingenciamento de R$ 58,1 bilhões é impossível”, justifica a Seae, ressaltando a importância das reformas, como a da Previdência, para a queda das despesas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Pelos dados do governo, as despesas em 2017 terão um crescimento nominal de 6,7% ante a despesa paga de 2016. Perda de arrecadação Na tentativa de justificar medidas de alta de tributos, o estudo da Seae do Ministério da Fazenda aponta que o governo federal perdeu 1,9 ponto porcentual do PIB de arrecadação entre 2011 e 2016. Segundo a Fazenda, não há como cumprir a meta fiscal de déficit de R$ 139 bilhões sem medidas de aumento de receitas. Mesmo com “algum” aumento de tributos, diz a Fazenda, a arrecadação líquida de transferências constitucionais do governo federal continuará inferior à média dos últimos três anos (17,5% do PIB) e muito inferior ao valor de 2011, quando alcançou 18,9% do PIB. Segundo a Seae, a queda da arrecadação é fruto de desonerações, expansão de regimes especiais de tributação e efeito da recessão na arrecadação. O cálculo, porém, não leva em conta as receitas obtidas no ano passado com o programa de repatriação de recursos não declarados ao exterior. “O esforço da administração atual é promover um ajuste fiscal pelo lado da despesa com reformas estruturais, como o teto do gasto, e agora com a reforma da previdência. Essas duas reformas farão com que, ao longo dos próximos anos, a despesa primária seja decrescente como porcentagem do PIB e que aumentos de arrecadação, provenientes da recuperação da economia, não sejam repassados, automaticamente, para novas despesas”, ressalta a Seae. De acordo com a Fazenda, a forte queda já observada na inflação, o índice de correção das despesas do governo federal para 2018 será ainda menor, o que exigirá redução de despesas obrigatórias. A Fazenda admite, porém, que a carga tributária, no Brasil é elevada e muito acima da média da América Latina. Ricardo Bergamini (48) 99636-7322 (48) 99976-6974 Membro do Grupo Pensar+ www.pontocritico.com ricardobergamini@ricardobergamini.com.br www.ricardobergamini.com.br
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