Usina de Letras
Usina de Letras
42 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62280 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10385)

Erótico (13574)

Frases (50667)

Humor (20040)

Infantil (5456)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6207)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->A PURA VERDADE -- 10/09/2001 - 18:40 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A pura verdade


Autores: Daniel Fiuza e João Rodrigues
10/09/2001

Vou te contar uma história
Que vai te deixar saudade
Um cabra só tinha glória
Contando somente a verdade
Lutando Box só com vitória
Deixou Maguila na saudade- Daniel Fiuza

E eu te conto outra
E nela não há maldade
Uma prefeita bem douta
E a lei da gravidade
E foi bom papo pra boca
De toda edilidade - João Rodrigues

O maior peixe que fisgou
Num dia que estava frio
Da água ele não tirou
Na força entortou o rio
O peixe se apaixonou
E a fêmea entrou no cio- Daniel Fiuza

Uma caixa d água torta
Queria lá na cidade
E a tal lei, a revoga
Sem ter dó ou piedade
A Câmara então reprova
Por inconstitucionalidade - João Rodrigues

Disse-me que dois canários
Voaram com a gaiola inteira
Rezou mais de mil rosários
Voltaram três na carreira
Fizeram um grande santuário
Hoje está cheio de romeiras- Daniel Fiuza

O peixe era um navio
Que o tal cara pegou
E não tirou lá do rio
Pois o guindaste quebrou
E não sentou arrepio
Quando a estória contou - João Rodrigues

O cabra na África foi caçar
Arma de fogo levou não
Todas as feras foi enfrentar
Girafa, Gorila, o tigre e o leão
Com os dentes o couro tirar
Só mata no grito ou na mão-Daniel Fiuza

Registro a maior carreira
Que houve neste sertão
Depois que dei uma rasteira
No maldito Lampião
Tomei sua cartucheira
Dexei-o de calça na mão- João Rodrigues

Pegou a girafa no laço
O tigre matou num grito
Matou o leão de cansaço
Mas o gorila comeu frito
O que sobrou foi bagaço
Na África o cara é um mito-Daniel Fiuza

Nem o dia amanhecia
Na terra de Santa Rita
Eu foquei com a Maria
Aquela que era a bonita
E deixei no sol a pino
O bandido Virgulino - João Rodrigues

Matou uma cobra gigante
Ele afirma e ainda aposta
Pesou mais que um elefante
Fez essa proeza de costa
Ainda se acha elegante
Diz que toda mulher gosta- Daniel Fiuza

E ainda dei um bom trato
No Corisco e na Dadá
E mulher eu não maltrato
Corisco arrastei no mato
Para ele se limpar,
Não vá de mim duvidar - João Rodrigues

Na Índia comeu carne de vaca
Dentro do Vesúvio entrou
Abateu árvore com faca
Grande dilúvio provocou
Um dia comeu três jacas
Logo em seguida jantou- Daniel Fiuza

Tomava banho no rio
Com um relógio no braço
E de repente perdi-o
Ele se foi para o espaço
E eu fiquei arredio
Pois valia um dinheiraço-João Rodrigues

Disse que fez Lampião
Subir a serra do mar
Piado de pé e mão
E não podia voltar
Meteu-lhe a espora no vão
Cabresto bridão e cassuá- Daniel Fiuza

Doze anos já passados
Eu ainda a procurar
Vi uns bichos desgraçados
Com meu relógio a brincar
E ele mostrava o horário
Sem um segundo atrasar-João Rodrigues

Se esse cabra é mentiroso
Ninguém pode comprovar
Só sei que ele é manhoso
Faz todo mundo acreditar
E ainda se faz de gostoso
Depois de muito apanhar- Daniel Fiuza

A maré ali enchia
A maré ali secava
Prum lado o botão mexia
Pro outro corda lhe dava
Tudo isso acontecia
E o relógio trabalhava-João Rodrigues

Uma mentira bem contada
Verdade acaba virando
No mundo ela espalhada
E o povão vai aumentando
Quem não acredita em nada
Vai acabar acreditando- Daniel Fiuza

Fiuza meu amigo
Não é para publicar
Com quatro vejo perigo
Com seis eu gosto de estar
Diz você e eu não digo
Mas é hora de parar- João Rodrigues

João foi um prazer muito grande
Mentir junto com você
Outro motivo arranje
Pra gente poder fazer
De mim você não se esconde
De ti não vou me esconder- Daniel Fiuza

Espero de novo vê-lo
Não na hora do jantar
Que não seja em Cabedelo
Baleia ali, não mais há
Que seja lá no Mosqueiro
Do Sergipe ou do Pará - João Rodrigues
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui