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Artigos-->HIDRELÉTRICAS A FIO D ÁGUA E A QUESTÃO AMBIENTAL -- 12/04/2017 - 10:51 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


HIDRELÉTRICAS A “FIO D’ÁGUA” E A QUESTÃO AMBIENTAL – UM TIRO NO PÉ!



Alan Kardec (*)



Na geração hidrelétrica a energia precisa ser armazenada sob a forma de água nos reservatórios, e isto o Brasil fez muito bem no passado: a água acumulada no transcorrer do tempo em grandes reservatórios possibilitava o fornecimento de energia firme por cerca de cinco anos. Este tempo foi sendo reduzido à medida que o Brasil construía hidrelétricas a FIO D´ÁGUA, ou melhor dizendo sem grande reservatório, e o tempo de fornecimento de energia firme, obviamente, foi sendo reduzido chegando, hoje, a cerca de apenas cinco meses.



O Brasil, por pressão das organizações ambientais, decidiu, em passado recente, construir apenas novas usinas hidrelétricas a FIO D´ÁGUA, no lugar de grandes reservatórios que, até então, eram construídos. A razão fundamental para tal tomada de decisão foi buscar uma menor agressão ao meio ambiente pela não inundação de grandes áreas e pela redução do desmatamento de grandes grupos florestais, colocando também em risco a fauna local.



Fica a pergunta: FOI UMA ESTRATÉGIA CORRETA?



Para responder esta pergunta é necessário abordar alguns aspectos.



1-      O que é uma hidrelétrica a FIO D´ÁGUA? 



Ao contrário de grandes reservatórios, o volume de água à montante da barragem que vai ser utilizado para girar os turbo - geradores é constituído, somente, do próprio leito do rio e mais uma pequena área inundada. Evidentemente, a energia armazenada em forma de água é muito menor, reduzindo muito a capacidade de geração durante todo o ano, tornando o processo de geração de energia mais limitado.



2- Vantagens e desvantagens das hidrelétricas de grandes reservatórios.



Não se faz omelete sem quebrar os ovos. A alegada desvantagem de agressão ao meio ambiente pela formação de maiores áreas inundadas é largamente compensada pela geração de uma energia limpa. Além disto, estes grandes lagos formados não servem somente para o armazenamento de energia limpa em forma de água, proporcionam, também, grandes áreas irrigáveis no seu entorno para plantio de alimentos, além disto, servem para regular a vazão dos rios à jusante da barragem reduzindo a possibilidade de inundações que causam tantos problemas à população ribeirinha e servem, ainda, para a diversão e para o turismo da população que vive e visita estes grandes lagos.



3- Vantagens e desvantagens das hidrelétricas a FIO D´ÁGUA.



A vantagem deste tipo de hidrelétrica está na redução de áreas alagadas o que, por conseqüência, reduz o desmatamento e protege a fauna, com o intuito de preservar o meio ambiente. A desvantagem é a menor geração de energia ao longo do ano, fora da estação de chuvas, já que o armazenamento de energia limpa em forma de água é muito menor que nas grandes barragens. O Brasil tem um percentual de 87% de energia elétrica oriunda de suas hidrelétricas – energia limpa, entretanto este percentual tem caído, consideravelmente, por falta de um maior armazenamento desta energia limpa em forma de água pelo uso de usinas a FIO D´ÁGUA – É UM ABSURDO!



4- Conseqüências desta estratégia de hidrelétricas a FIO D´ÁGUA.



O propósito de proteger o meio ambiente construindo, somente, hidrelétricas a FIO D´ÁGUA, no lugar de grandes reservatórios, tem se mostrado um verdadeiro “TIRO NO PÉ”. A menor geração de energia elétrica oriunda das hidrelétricas tem obrigado o Brasil a colocar em operação suas termoelétricas movidas a gás, a óleo diesel e até a óleo combustível, com dupla desvantagem: são mais caras e muito mais agressivas ao meio ambiente, principalmente pela grande emissão de CO2 (dióxido de carbono) - responsável direto pelo temido efeito estufa que tanto desequilíbrio vem causando ao nosso planeta afetando, principalmente, o meio ambiente que se pretendia proteger.



Conclusão: por tudo isto, podemos afirmar que esta estratégia de somente construirmos hidrelétricas a FIO D´ÁGUA está sendo equivocada e, por conseqüência, já está afetando e afetará muito as nossas vidas.



É preciso rediscutir esta estratégia com urgência antes que seja tarde demais – não podemos continuar a ouvir as justificativas de que estamos tendo, hoje, problemas relacionados a uma menor geração de energia hidrelétrica somente por razões de pouca chuva. Esta afirmativa agride o bom senso!



NÃO VAMOS ESPERAR UM MILAGRE – É PRECISO MUDAR A NOSSA ESTRATÉGIA E VOLTAR A CONSTRUIR HIDRELÉTRICAS COM GRANDES RESERVATÓRIOS.



Eng. Alan Kardec Pinto - Ex-presidente da Petrobrás Biocombustível e da Associação Brasileira de Manutenção. Consultor Empresarial e de Manutenção.


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