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Contos-->Gritos na escuridão (terror) -- 07/03/2003 - 12:49 (Diogo José Palmeira Acioli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Gritos na escuridão
Diogo Palmeira

Era noite e chovia torrencialmente. Eva e suas amigas, Júlia e Patrícia, estavam reunidas em uma casa de campo para passar o fim-de-semana e livrar-se da agitação da capital. Elas conversavam sobre os tempos de escola, sem responsabilidades, um tempo do qual elas se arrependeriam amargamente se soubessem o que estava para acontecer.
Lindas, ricas, inteligentes e, acima de tudo, populares. As três amigas usavam esses atributos como armas para humilhar seus colegas. Em especial havia um garoto muito esquisito, ninguém sabia seu nome, ou simplesmente ninguém fazia questão de saber seu nome. Esse garoto era o alvo preferido das garotas. Foi tão maltratado e humilhado que enlouqueceu e foi mandado para um sanatório.
Enquanto as garotas se divertiam, era anunciada no rádio a fuga de um louco de extrema periculosidade de um sanatório. Ele havia assassinado a enfermeira que dele cuidava e escapou vestindo o uniforme da mesma. As garotas não se assustaram, pelo contrário, começaram a rir imaginando o quão ridículo esse louco estaria vestido de enfermeira.
Algumas horas depois Eva havia adormecido no sofá da sala, Patrícia estava na cozinha preparando um chá e Júlia estava no quarto, situado no andar superior da casa, lendo um pouco antes de dormir.
Enquanto isso, do lado de fora da casa, o mal as espreitava por entre as árvores. O louco foragido do sanatório era exatamente o garoto que tantas humilhações havia sofrido por parte das garotas. Vê-las foi o suficiente para acender seu desejo de vingança.
Patrícia estava tão distraída que não havia percebido que a janela da cozinha estava aberta e que alguém, lentamente, estava aproveitando essa oportunidade para entrar na casa. Patrícia sentiu uma mão em suas costas, ao virar-se, viu o louco vestindo uma roupa de enfermeira e com um olhar de raiva, ele apertou a pescoço de Patrícia e empurrou seu rosto de encontro às chamas do fogão até que Patrícia finalmente se entregasse aos braços da morte.
Eva dormia profundamente à medida que o louco subia as escadas. Ele sentiu ódio ao olhar Eva tão serena e tranqüila, mas queria que o castigo daquela garota fosse o pior de todos.
Júlia lia um romance no quarto, ouviu passos no corredor e foi até lá ver o que era, talvez uma das garotas precisasse de algo. Um engano fatal fez com que ela se dirigisse ao seu carrasco. Na penumbra do corredor escuro Júlia foi brutalmente agarrada pelo maníaco. Ela gritou e se debateu, mas foi em vão; o louco a atirou pela janela e Júlia não resistiu aos ferimentos provocados pelo vidro e muito menos à queda que sofrera, morrendo no mesmo instante.
Eva acorda assustada com o barulho do vidro e os gritos de Júlia, ela vai até o quarto da amiga e não a encontra, ao passar pelo corredor, Eva vê a janela quebrada e teme que algo possa ter acontecido a Júlia. Ela decide procurar Patrícia, ao chegar à cozinha ela encontra o corpo de Patrícia em cima da mesa totalmente retalhado e seu rosto carbonizado, Eva grita e corre para fora da casa natentativa de pegar seu carro e ir embora daquele lugar macabro, mas o louco a aguarda em frente ao veículo com um sorriso cínico nos lábios. Eva o reconhece e seu pavor é maior quando ela percebe que está sozinha, não havia ninguém que pudesse ajudá-la pois a casa era distante de tudo e de todos, não havia vizinhos, não havia nada... apenas o barulho do vento e o uivar dos lobos.
Eva corre em direção à casa, mas o louco a segura e, com uma navalha, corta seu rosto. Eva consegue se soltar, pega um machado que estava cravado em uma árvore e decepa o louco. Eva corre até a casa e vai ao banheiro, ao olhar sua imagem no espelho, ela chora descontroladamente. Eva havia perdido sua beleza, era um monstro, estava totalmente deformada e, conseqüentemente perdera sua sanidade.
No dia seguinte, foram encontrados os corpos de Patrícia, Júlia e do louco. Eva havia desaparecido, onde ela estaria?
Dizem que ela vive na floresta, segurando em uma das mãos um machado ensangüentado e na outra a cabeça do louco que a deformou. Durante a noite, juntamnete com o barulho do vento e o uivar dos lobos, é possível escutar os gritos e lamentos de Eva em meio à escuridão.
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