Se das verdades enfim
Saindo do que engana
Foi que eu disse de mim
Do medo que nos afana
Tom pobre de quem fala
Mais de besta que não cala
Quase sempre aprisiona
E quando eu grito enfim
A verdade por proclama
Daquele grito calado
Que toda a vida reclama
Que põe sela e domina
Nos sujeitando à sina
Até se sentir nossa dona
Na minha hora então
Sentido em mim dessa gana
Saindo da letargia
Como que deixando o coma
Que sacudindo vontades
Descubro muitas verdades
Assumindo o meu “persona”
Senti-me como no céu
Da liberdade que ufana
Que por honra do meu dia
É a mesma que trás fama
Seguindo sempre meu guia
Sabedor do que sabia
Não aceito quem me engana