Eu não tenho medo do escuro.
Enxergo melhor quando não há luz.
Apenas não vejo os detalhes da janela aberta,
Os vestígios deixados por você no asfalto,
E não consigo seguir você .
Ir até o seu esconderijo,
Antes de dormir.
Posso voar,
Mas voar e inútil.
Porque você não deixou seus vestígios nas nuvens ou estrelas?
Não vejo mas consigo ouvir,
O sussurro da água corrente,
O ruído brando das folhas,
Entrando pela persiana,
Distinguiram minhas diferências entre os outros.
O som confuso de vozes baixas,que mal se ouvem.
Extingo a labareda do lampião,
Para sentir o vento e a chuva,
Para proteger do calor intenso,
A inércia dos meus pensamentos.
A alusão crítica e quimérica,
Do que se sucede em cada dia.
A apatia profunda,
O enfraquecimento lento e progressivo,
A contração súbita dos sentimentos,
Tal como o ódio,a mágoa ou o afeto.
O delíquio de quem está só.
®Ednei Pereira Rodrigues neypero@hotmail.com
esse e todos os outros .
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