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cronicas-->Madame Lulu -- 02/12/2002 - 13:43 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ela gostava muito de mentir. Todos sabiam. Dizia-se doutora pela Universidade de Champignon des Avelles, uma cidade francesa ao norte de Paris. Ninguém sabia na localidade sequer onde ficava Paris.
Achavam que suas mentiras eram relativas somente aos momentos de fortuna. Contava vantagens em excesso, sempre dizendo que hoje morava na cidade de Bananeiras, interior da Paraíba, por uma destas questões de vocação. Vocação social. Queria ajudar pessoas que vieram ao mundo com pouca chance.
Por falta de material humano, o prefeito aceitou a mulher na escola municipal. Mas também pelo fato da mulher possuir quadris avantajados, uma das predileções do alcaide.
Foi assim que Lousianne Ferreira(gostava que falassem ferêrá, pela vivência francesa) desembarcou na cidade lá pelos anos 40.
Lousianne pegou uma turma fácil de lidar. Ninguém sabia nada, e o pouco que oferecia parecia muito.
Fez sucesso entre os alunos, principalmente entre os meninos, que prestavam atenção na sua performance todo tempo em que estava dentro e fora da sala de aula.
Alguns mais folgados, inclusive o prefeito, começaram a chamá-la Lulu se ferrá, em sua ausência.
O prefeito resolveu convidá-la para uma reunião pedagógica. Dispensou logo a diretora da escola e as outras mulheres, todas casadas e sérias.
Lulu ficou feliz em ver a gentileza do prefeito e aceitou com gratidão o convite para um passeio de charrete na propriedade da família após a reunião.
Foi num sábado, por volta das dezoito horas. Sem mais acompanhantes.
Zé Pederneira fez um discurso enrolado, falando do futuro de Bananeiras, das crianças brasileiras e francesas, uma panacéia sem fim até chegar onde queria.
Lulu apanhou um abanador no banco da carruagem e se refrescou um pouco, mas condicionou o romance a uma casa fresca, com varanda e empregados.
O prefeito aceitou. Na terceira vez em que teve um encontro apanhou uma doença venérea. Botou Lulu para correr da cidade.
Mais tarde descobriu que a falsa madame tinha sido expulsa de um bordel de Teresina, onde era conhecida por atender somente clientes franceses, marinheiros. Por causa das doenças.
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