Usina de Letras
Usina de Letras
126 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62236 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50634)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140808)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6191)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Pão de queijo -- 02/12/2002 - 13:48 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acho que foi na cidade de Dores do Indaiá, um lugar onde o pouco que acontece de diferente é muito, tão o ar bucólico dos viventes perdidos do recanto mineiro. É perto de Estrela do Indaiá, e de numeroso por lá tem as famílias Sousa, Fernandes, Jesus, Oliveira, quase todas com sobrenome português, rastro da colonização lusitana.
Foi Zé do Pedro da Madrinha Lourdes que contou a história, então pode haver detalhes de mais ou de menos, ou então apenas prosa de final de noite, após um café preto com um pedaço de queijo e goiabada, naturalmente tendo um doce de leite de sobremesa.
Diz o Zé que certa feita um tropeiro que vinha lá dos lados de Oliveira, uma cidade um pouco mais para lá , mais perto de Belo Horizonte, precisou parar para trocar a ferradura de uma das bestas de carga.
A mula velha, de nome Gerimunda, estava com a pata ferida. Deusino, o tropeiro, assuntou pela vizinhança e descobriu um ferreiro para realizar a tarefa.
Deusino buscou a oficina do homem e puxou prosa. Era tarde, queria dormir num canto qualquer, e solicitou abrigo debaixo do telhado da oficina. O ferreiro concordou, visto que Deusino parecia decente e naqueles tempos poucos eram os bandidos.
Por volta da meia-noite Deusino foi acordado. A mulher do ferreiro, que até então era desconhecida, surgiu na porta da oficina para oferecer um café quente e pão de queijo. O tropeiro ficou desconfiado, mas a fome era maior e aceitou de bom grado. A mulher se retirou e quando Deusino estava quase dormindo, voltou com queijo num prato e marmelada.
Deusino até estava satisfeito, mas a mulher do ferreiro fez questão do homem ter sobremesa. E teve, a noite inteira. O ferreiro dormiu o tempo todo, sem desconfiar de coisa alguma.
No dia seguinte, por volta das cinco, Deusino estava de pé, meio cansado, quase esgotado. Foi quando surgiu o ferreiro, acompanhado da mulher, sorridente, feliz por ter dormido com gosto.
Trazia num pacote mais um monte de pães de queijo, gentileza de sua esposa, que o convencera que um vivente de estrada não podia andar pelo mundo de Deus mal alimentado.
Deusino foi embora muito agradecido, saboreando na memória a noite na casa da mulher samaritana. De vez em quando pousa na cidade, para saborear um pouco da hospitalidade da família.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui