Literatura de cordel
Barra da Estiva
Por Airam Ribeiro
18/06/04
Caro amigo prefeito
Quero aqui te falar
Que o mundo está lendo
O nome deste lugar
Foi aí que eu nasci
Mas só doze anos vivi
Sendo obrigado a deixar.
Levando tristeza no rosto
Saí para a capital
Mesmo de longe a amo
Esta minha terra natal
Sou um poeta do cordel
Tentando ser menestrel
Nestas terras do cacau.
Minha cidade natal
Terra do bom café
Este teu filho poeta
Relata tudo que és
És a terra dos gerais
Ilhada de cafezais
Com grãos de ouro nos pés.
Através da Internet
Teu nome é elevado
Nos quatro cantos do mundo
Teu nome já é citado
Na literatura de cordel
Teu filho tem o papel
De falar de bom grado.
Tua gente é hospitaleira
Tens o melhor São João
Teus jardins têm flores lindas
Tão linda desde o botão.
Ah! Se eu pudesse agora
Ia correndo sem demora
Para pisar em teu chão.
Olhar para os dois morros
Imponentes a vigiar
Sendo o cartão postal
Tão alto ao nível do mar
Sentir seu frio refrescante
E viver por um instante
Um pouco nas bandas de lá.
É triste viver tão longe
Das terras onde nasceu
Não acostuma não senhor
Pergunte ao peito meu
Finge-se que acostuma
E com a saudade se arruma
Sabendo o quanto sofreu
Remoendo as lembranças
Lembro o lampião de gás
Que Tiré acendia
Há muitos anos atrás.
Saudades das brincadeiras
Da infância verdadeira
Que não volta nunca mais.
Desejo felicidades
Para os filhos que aí estão
Terra de flores e encantos
Estás em meu coração
Assim que junho chegar
Aí eu vou passear
Para curtir teu São João.
