Por que vês com frieza métrica estes meus versos,
Se não decassilábicos ou até mesmo alexandrinos,
Se não consegues ver minha essência, meu universo,
Que te apresento puros como minh´alma de menino.
Por que de mim exiges tonicidade, redondilhas, rima,
E não vês sentimentos no cubismo de pseudo-sonetos,
Expressões de meu amor, sem pretensões de obra-prima,
Lançadas ao ar, para que todos saibam, eficaz panfleto.
Sim, eu te amo, e através deles proclamo ao universo,
A ti, este amor infinito, imortalizado em fugaz instante,
De meus devaneios, quando te retenho em meus versos.
Mas, por não mais ter o teu amor e continuar te amando,
Vivo neste solilóquio amoroso, desespero de ex-amante,
Assim, por nem mesmo ser poeta, continuo só, poetando.
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