COLOCANDO OS PINGOS NOS isss / I
General da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
Há pouco tempo, uma autoridade do governo de Israel declarou que o Brasil era um anão diplomático. A recente visita do presidente da República à Rússia e à Noruega comprovou o que ela disse.
Ao chegar à Rússia, chamou a atenção que a maior autoridade presente no desembarque do nosso chefe de Estado era um vice-ministro, o que seria motivo para uma resposta diplomática à altura daquela verdadeira afronta ao Brasil. No entanto, nada foi feito.
Estava por vir algo ainda mais grave na Noruega. A resposta de nosso mandatário à declaração da primeira-ministra norueguesa, quando ela manifestou preocupação com a corrupção no Brasil, parecia a de um aluno temeroso diante da cobrança de uma professora brava e cheia de autoridade. Porém, o pior foi ficar calado diante do “pito” pelo aumento do desmatamento na Amazônia, seguido do castigo de cortar a “mesada” por não fazer o dever de casa. Total falta de altivez e perda de oportunidade de dar a resposta que se espera de quem tenha respeito pelo seu país, seu povo e por si próprio.
A postura servil, no tocante à Amazônia, vem desde 1991, quando a pressão internacional levou o presidente Collor a demarcar a descomunal Reserva Ianomâmi na Faixa de Fronteiras. Desde então, à exceção de Itamar Franco, todos os presidentes se submeteram aos desígnios das potências ocidentais, ONGs e à oligarquia financeira internacional, cedendo, levianamente, soberania naquela região. Ora, aceitar receber dinheiro em troca de preservação de florestas no Brasil é reconhecer incompetência para gerir soberanamente o nosso patrimônio. Uma vergonha! |