Ah! Esses solitários! Dia após dia sentados em frente ao computador, escrevendo histórias sem sal, preenchendo a tela com relatos de uma vidinha vazia e comum comum comum. Vcs sabem cozinhar, solitários da net? Ou dirigir, ou esculpir, ou nadar? Então vá, solitário da net, vá solitário da usina, e faça aquilo que faz bem, faça filhos, ou faça amor, ou faça sexo, faça qualquer verbo, qualquer um que não seja escrever. Porque sua escrita enche o saco, independente da cara que use, se de lusitano babão, se de jornalista positivista, se de quarentona apimentada, se de cara legal, já chegado em certa idade, que só tem coisas boas e divertidas a dizer... Não se enche nunca, ô solitário da usina, de dizer as mesmas coisas? Não percebe suas palavras em mil bocas, em mil cartas, contos, crônicas, eróticos, letras de música, monografias, etc? E se percebe, pq insiste em dizê-las se tantos outros estão aí, prontos, nesse exato momento, fazendo-o por vc?
Mas eu sei, eu imagino como o mundo é duro com gente tão chata, refém de suas concepções ultra-ultrapassadas, que se esconde atrás de frases e idéias feitas, para melhor chantagear os que lhes caem na conversa mole. Uma pena, minhas senhoras prostitutas classe média de copacabana ou qualquer lugar. É uma pena senhores respeitáveis, estupradores de crianças como todo ser humano de bom gosto. É uma pena senhores filhos estúpidos, sempre os mesmos.
Não lhes guardo rancor por de tal modo atravancarem minha vida, sei como são, que mal enxergam ou escutam, e as coisas bobas que os excitam. Tá, estão perdoados, acho que ficar por aí, semi-vivos, já é castigo suficiente. |