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Cronicas-->Polenta na praia -- 04/12/2002 - 15:31 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A família Cezuttini deixou a serra de Bento Gonçalves muito alegre naquele dia. Estavam de férias. A primeira em muitos anos de colónia.
O patriarca da família, Emílio, queria rever o mar, tão próximo da Capital, Porto Alegre, e tão distante pelo lavor, que o prendera ao solo serrano tantos anos. Estava um pouco ansioso, pois esquecera do mar.
A neta mais nova, Rafaela, esperava no colo dos pais o momento de sair do veículo, uma caminhonete do Veraneio, onde se espremiam doze pessoas. Tinha apenas três anos, e se distraía com um boneco de cordas, feito pela tia Aurora.
A neta mais velha de Emílio tinha outros planos. Queria pegar um bronzeado e mostrar para as amigas na volta, mostrar a cor, e para os colegas as marcas do biquíni, legítimas da praia, enquanto suas amigas tinham que se contentar com banhos em rios.
Lembrava que muitas delas gostavam de se banhar nas pedregosas águas do rio das Antas. Pensou feliz que seriam todas antas depois que ela voltasse, cheia de sol, para inveja de todas elas.
Pensou na cara de bobo dos garotos da escola, vendo-a toda bronzeada, morena, quase como as brasileiras miscigenadas. Seria chamada negrona. O pensamento a deixava cheia de sorrisos.
Dona Laura estava preocupada com a possibilidade da filha mais velha arranjar namorados na praia. Tinha ouvido falar que os surfistas eram todos conquistadores, e ainda tinha a rapaziada de Porto Alegre, todos metidos a conquistar as gurias do interior.
Pipo, que dirigia a Veraneio, tinha apenas a preocupação de dirigir e tentar evitar que os filhos e sobrinhos incomodassem durante a viagem. Mais ou menos três horas até Tramandaí.
Não estava interessado em pegar cor. Queria apenas beber cerveja na beira da praia, de preferência com polenta frita, já que sem polenta não via sentido para fazer nada. Costumava comer polenta até mesmo antes de fazer amor com Laura, tamanho o gosto pelo amido.
Chegaram ao litoral sem problemas. Todos correram para o mar, depois de deixar as coisas na casa alugada. Pipo levou uma garrafa de vinho, umas latas de cerveja e dois quilos de polenta para a praia.
Depois voltaram para a casa de praia e foi dormir. Acordou no meio da noite. Comeu uns pedaços de polenta na geladeira e fez amor com Laura.
No dia seguinte correu para o mar. A polenta energética funcionou todo o verão. A filha mais velha não comeu polenta, mas voltou para a serra grávida de um surfista.
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