Perduram-me esta noite meus milésimos de suicídio
Dos milésimos que todo médio homem tem de sua vida mediana, pesada na tormenta mental de se ver, e se ver no tártaro do interior.
Noite fagulham-me elétrons das feridas.
Em berros surdos indicam a rota do errado, do perdido.
Juventude do corpo é a agonia da alma, apta ao velho corpo, nosso futuro certo sepulcro.
Aí no mundo dos mortos, quem é que vê ao jovem olhar?
Quem escuta das palavras em desvio?
Quem escuta das palavras em desvio?
Que para o passado entender o futuro, não é difícil... é impossível.
Ria atenção a palavras que emanam panteras em labirintos de fogo?
Atenta? Vê miragens, mas não panteras, nem labirintos.
Das panteras tomam arranhões,
E dos labirintos encontram a saída.
E do instinto mata o novo,
Mata, a murro, o crescimento.
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