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Cronicas-->O Professor Nogueira -- 15/07/2000 - 17:03 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Persona desta edição traz para o leitor o encanto dos quase 80 anos de vida do senhor José Nogueira Dias. Natural de Cachoeira de Minas e filho do casal Noberto Francisco Dias e Rita Nogueira Dias. O senhor José Nogueira Dias vive em Santa Rita do Sapucaí desde os 13 anos de idade. A partir de 1935 ele vai para Lorena onde estuda em regime de internato no curso ginasial no Colégio Salesiano, onde se dedica exclusivamente ao estudo.
Em 1940, José Dias muda-se para o Rio de Janeiro onde se matricula na Academia de Comércio do Rio de Janeiro de Càndido Mendes. Tira o diploma em 1943 e se destaca como um dos melhores alunos da Academia. Na matéria de taquigrafia ele enxerga uma de suas grandes paixões. A sua dedicação é tanta nesta matéria que ele é convidado a assumir a cadeira de professor desta disciplina na Academia do Càndido Mendes.
Em 1944 ele se forma no Centro de Preparação de Oficiais do Rio de Janeiro e no ano seguinte em 1945 ele assume o posto de 2o Tenente, do qual depois ele é reformado. A partir daí trabalha como militar e como taquígrafo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do Ministério da Justiça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF) e no Supremo Tribunal Militar (STM).
Além de taquígrafo e militar, "seu" José Dias dedica-se ao magistério durante 28 anos e meio. Dá aulas na disciplina de taquigrafia nas escolas da Federação Taquigráfica Brasileira, na Escola Técnica de Comércio Marcílio Dias, Escola Técnica Carvalho de Mendonça, Instituto Rossio, Confederação Nacional do Comércio, Senac e no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti.
Nesta última escola, o Professor Nogueira, como era conhecido entre os alunos e o corpo docente, sentiu a emoção de ser um professor muito querido. Quando, no início do ano de 1968 o departamento de educação do então estado da Guanabara o transfere para uma outra escola e tirando-o do Colégio Amaro Cavalcanti, os alunos do Professor Nogueira realizam um abaixo-assinado e uma greve exigindo sua volta para o Colégio. O secretário da Educação da Guanabara na época não aguenta a pressão dos alunos e devolve o Professor Nogueira para o Colégio Amaro Cavalcanti que o recebe de volta com a realização de uma grande festa.
O Professor Nogueira casou-se em 1949, no Rio, com Irene Bessa Nogueira Dias, com quem teve dois filhos: Gustavo e Gisèlle. O casamento com Irene dura até o falecimento da esposa em 1971. A partir de então ele passa a dedicar apenas aos filhos, principalmente depois de sua aposentadoria em 1973. Ele fica no Rio até 1977, quando volta para Santa Rita do Sapucaí, após a venda do apartamento onde morava no Rio. O Professor Nogueira tem seis netos.
A sua filosofia de vida é a busca eterna da felicidade. Costuma dizer sempre para os outros que ele quer ver todas as pessoas alegres, ricas, se beijando, se amando umas as outras, levando a vida com uma intensa felicidade. Tristeza e dor afirma que não é com ele. Para o Professor todo o ser humano tem a obrigação em ser respeitoso e todo ser humano deve ser tratado com amor e carinho. Em alusão a Santo Agostinho de Hipona, nós não devemos esquecer o amor jamais.
Para mim o que me marcou mais nesse Persona foi a forma como o "seu" José Nogueira Dias me recebeu em sua casa. Com uma maneira completamente não convencional eu conduzi a entrevista graças a espirituosidade deste grande homem, que tem uma fé muito grande naquele que muitos chamam de Senhor, Pai, Deus ou a Força Superior que nos guia. Contando casos e recordações que se remetem a um passado alegre, ele afirma que nós temos que garantir a força positiva do nosso lado e jogarmos para bem longe as coisas ruins.
Por fim, ele me perguntou de qual signo eu era, respondendo que era aquariano, ele disse em tom professoral: " Todo aquariano tende em querer dominar o ambiente que está em sua volta, geralmente são ciumentos, mas o ciúme que por um lado é bom para demonstrar o quanto gostamos de uma pessoa, assusta quem amamos e acaba nos machucando muito".

Texto publicado no Jornal Minas do Sul em 15 de julho de 2000
Escrito em 13 de julho de 2000, quinta-feira
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