Sucuriju
(para Raul Bopp)
O igarapé vaza aningas,
Fio d’água lambe o limo podre,
Abre volume, faz corrente
Descascando barrancos gosmentos...
Aos lados, mundão, lavrados sem-fins.;
Serras azuis azuis nos confins,
Onça-pintada espreita a fome...
Água gemendo, afundando, afundar...
Fedentina...
(Ventos viram as faces)
Súbita catinga!
Sucuriju...
Sápidos sapo-jururu, jaburu, jacaretinga...
Água espremendo,
Retorcendo,
Exaurindo...
|