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Artigos-->A Era do Apedrejamento Virtual -- 21/10/2017 - 07:41 (ALEXANDRE MOTTA JUSTO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Uma pessoa pública emite uma opinião; uma pessoa desconhecida faz um comentário em uma rede social; o humorista conta uma piada. Tenha certeza: eles serão julgados, condenados e poderão ter suas vidas e reputações destruídas.



Nos dias de hoje&
8234; a pessoa não precisa errar&
8236; &
8234;para ser condenada. Basta dizer ou fazer algo que a maioria discorde ou não&
8236; &
8234;goste que será&
8236; &
8234;taxada de racista, homofóbico, pedófilo, de direita, de esquerda, dentre outras coisas. &
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Aliás, não é preciso desagradar a maioria. Pode ser uma minoria organizada que tenha voz nas redes sociais. E de duas uma: ou essa minoria aparenta ser maioria em razão do silêncio da maioria; ou muitos que não fazem parte dessa minoria acabam aderindo às suas idéias, e a minoria também parece maioria.&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Estamos na Era do Apedrejamento Virtual.&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Justiceiros Virtuais, que além&
8236; &
8234;de considerarem verdadeiros intelectuais&
8236;,&
8234; usam e abusam das redes sociais&
8236; &
8234;para julgarem, condenarem e destruírem&
8236; &
8234;vidas apenas para exaltarem suas convicções políticas, morais, religiosas. Diga-se: convicções sem qualquer&
8236; &
8234;embasamento. Na verdade&
8236; &
8234;são pessoas&
8236; &
8234;que ignoram a questão em debate e que simplesmente leram um livreto ou foram&
8236; &
8234;influenciadas por pessoas&
8236; &
8234;igualmente ignorantes ou, em grande número de casos, por pessoas que as usam como massa de manobra para difundirem suas idéias.&
8236;&
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8236;&
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8236;&
8236;





&
8234;Não&
8236; &
8234;é necessário&
8236; &
8234;chamar um negro de macaco para ser julgado&
8236; &
8234;e condenado&
8236; &
8234;pelo “crime” de racismo&
8236;.&
8234; &
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Um exemplo de um caso simples em que obviamente não houve má-fé foi o do músico e cantor Michel Teló. &
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Em 2015, com a intenção de se mostrar contra o racismo, ele pintou metade do rosto de preto (prática teatral racista do século XIX conhecida como “blackface” usada &
8236;quando atores brancos se coloriam com carvão para representar personagens negros no palco) e caiu na asneira de postar a foto no Instagram.&
8236;&
8236;



&
8234;Não deu outra: levou porrada de tudo quanto foi lado e, como não poderia deixar de ser, foi taxado de racista, sendo obrigado a explicar que desconhecia o significado racista de seu ato, a pedir desculpas e a apagar a foto que postou.&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Não era necessário chamá-lo de racista. Seria suficiente que as pessoas se limitassem a esclarecer-lhe o significado de seu ato que ele certamente explicaria seu desconhecimento, pediria rápidas desculpas e simplesmente deletaria a foto. Mas para a maioria de imbecis o ato dele foi propositalmente racista; e para outra parte bastante numerosa chamá-lo de racista, pondo em risco sua carreira, foi pura diversão.&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Um outro caso interessante aconteceu com a modelo Fernanda Lima. Ela postou em uma rede social a foto das babás dos seus filhos bem vestidas e escreveu que na casa dela as babás não se vestiam de branco.&
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Esse simples fato foi considerado por alguns como racismo puro, chegando a modelo a ser chamada de “Sinhazinha”. &
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;Ora bolas, hoje cada atitude, cada palavra, cada gesto, cada expressão facial pode ser interpretada por qualquer um como racismo, homofobia, pedofilia, assédio sexual ou moral, estupro ou apologia ao estupro e qualquer outra coisa que possam destruir a carreira, a reputação e a vida de uma pessoa e, em consequência, da família dessas pessoas. &
8236;&
8236;&
8236;



&
8234;E cada um de nós (não se exclua!) se acha no direito de julgar, condenar (mesmo sem conhecer os fatos e tentar prever as consequências da condenação) e, principalmente, atirar a primeira das milhares de pedras virtuais.&
8236;&
8236;&
8236;

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