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Contos-->O Anjo III ( Em algum lugar ) -- 11/03/2003 - 19:51 (marco aurelio jacob) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Às vezes gosto de voar entre as nuvens.
Daqui de cima eu vejo as obras dos homens, as de barro e as de ouro.
Meu amado também as vê.


Certa vez, voando, avistei um lugar.
Terra boa, gente alegre, mas sofrida.
Tinha um regime estranho.
Apesar de tantas riquezas naturais, somente uns ganhavam muito, outros ganhavam muito pouco.
E aquele povo pacifico apenas olhavam os ricos ficarem muito mais ricos e os pobres muito mais pobres.


Os ricos usavam apenas uma arma para isso, a burocracia.
As coisas pareciam fáceis de serem resolvidas. Mas eles conseguiam ludibriar o povo.
Tinham um presidente, mas ele não mandava em nada, por mais bem intencionado que fosse.
Todos os seus projetos eram passados para uma espécie de câmara onde lá seria votado.


A câmara.
Dei uma descida para ver contemplar de perto aqueles homens.
Logo na entrada estava um guardião.
Mas não do meu exercito, do exercito inimigo.
Ele parecia mais um carro alegórico de tantas faixas e enfeites que tinha pendurado em seu corpo.
Os homens que participavam daquela câmara não notavam a sua presença, mas ele notava a dos homens e controlava a sua grande maioria.


Confusão era o nome dele. E pelas suas condecorações espirituais percebia-se que ele fazia um grande trabalho naquele local.


No interior havia homens e mulheres, muitos gritavam, a maioria defendia os seus próprios interesses.
Aumento de salário, compra de carros com ar condicionado e motor 1.8, que eram pagos com o dinheiro dos contribuintes.
Que era a maioria menos favorecida, e precisavam de coisas básicas como por exemplo ambulâncias para o socorro de vitimas.
Há! Havia sim, umas centena de ambulâncias paradas em diversos pátios esperando o concerto.
Mas esses tais precisavam realmente de carros com ar condicionado, direção hidráulica, afinal deputados e vereadores não andam de ambulância.


Precisavam de aumentos de salário afinal muitos ali possuíam empresas e o imposto tributário era alto em algumas regiões.
Enquanto o povo ganhava um salário mínimo, que era realmente mínimo.
O país produzia muita matéria prima, mas se dava ao luxo de exportar por valores irrisórios, e importar produtos dessa matéria por valores absurdos.


Muitos migravam de uma região para a outra em busca de melhores condições de vida.
Algumas regiões não tinham nem água, quer dizer tinha, mas não eram exploradas.
Alguém ganhava com isso, por incrível que pareça, algumas pessoas ganhavam com a miséria daquela região.
Enquanto esses pequenos migravam para uma certa região, as empresas dessa região iam embora, pois os impostos eram muitos altos.
Ai o desemprego, a miséria, a criminalidade agiam, massacrando aquele povo.
Mas alguém ganhava com aquilo também.


Aquele território tinha muitas universidades para que a educação fosse desenvolvida, mas o custo de mensalidades era três vezes maior que o tal salário mínimo.
Há! Existiam universidades estaduais mais só quem estudou a infância nas escolas particulares tinham alguma chance de cursa-las.


Era realmente um lugar de contrastes.
Os projetos de crescimento e melhoria do país eram sempre votados por essa câmara, mas existiam tantas gentes lá que a confusão se encarregava de prorrogar todos os projetos por falta de acordo entre eles.


Nunca vi tantos partidos, tantas facções, e por conseqüência tanta discordância.
A cada minuto que eu passava ali meu coração se indignava mais.
Muito me entristeceu vendo poucos roubando de miseráveis.
Chorei muito ao ver o povo sofrido, me arrependi de estar contemplando tudo aquilo, todo aquele sofrimento.


Resolvi fazer alguma coisa.
Mas meu amado Deus não permitiu.
Mas porque?
Porque?


Ele apenas disse no meu coração:
- Esse povo tem perecido por falta de conhecimento, conhecimento natural e da minha palavra também.
- Muitos clamam dia e noite pelo meu nome, mas espera que só eu faça o que tem que ser feito. Eu sou Deus mas dei a obra para eles fazerem, o lutar é deles a justiça é minha. Eles têm que aprender a lutar e não se conformar em apenas clamar e pedir.
- Sofro, talvez ate mais que eles, mas eles têm que aprender a lutar.


Entendi as palavras do meu amado.
E sonhei com o dia em que aquele povo não se conformasse mais com todo aquele engano, toda aquela confusão.
Senti um amor muito grande por eles, talvez um amor vindo do meu Deus.
E eu tinha certeza que Deus os amava.


Talvez um dia eles se organizassem, talvez um dia essa câmara de não tivessem muitos, mas apenas o suficiente.
Apenas dois partidos em que o presidente fosse nulo, tanto de um quanto de outro.
E esse presidente planejasse em prol do povo e não dos ricos.
E esses dois partidos bem mais reduzidos, formados por homens sérios, não se limitassem apenas em aprovar ou reprovar os projetos.
Mas cada partido se preocupassem em melhorar o projeto e votassem no melhor, para esse ser aplicado.


Melhor agora é eu bater asas, voar e sonhar com esse povo de grande amor, mais um povo que sofre.


Talvez eu jamais escute uma piada que e dita sobre aquele lugar.
Que fala do povo e do meu criador.
Que quando esse criou o mundo colocou em varias partes fenômenos naturais como furacões, terremotos, maremotos. E esqueceu de colocar qualquer um desses fenômenos nesse país.
Lembrado pelos anjos que o cercavam, ele apenas colocou um povinho naquela terra, que faz mais mal de que qualquer fenômeno natural.



Marco Aurélio Jacob.
manchajacob@hotmail.com




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