Camilamil deu-me cinqüenta mil anos para decifrar os enigmas que rondam as quinhentas e três galáxias por ela estudadas e vistas num céu escondido das inocentes crianças que habitam os corações dos desesperados por uma vitória sobre as milhões de coisas que nos dizem ser sofrimento e angústia e lamento e pessimismo e tristeza e chateações e gagueiras e lágrimas e esquizofrenias e frenesis e êxtases sofismáticos da infelicidade que espreita a cada segundo para ser tomada como senhora de todas as mais ardentes demoras e menos esperadas intranqüilidades de pessoas quem nunca tivemos mais que só vez a ousadia de defender de nossas imagens universais como um olhar sem direção ou uma oração sem fé ou um risco sem perigo ou uma idéia sem razão ou um suporte sem chão ou uma dívida sem promessa de ser eternamente presente nos dias e noites e mortes e vidas e tragédias e alegrias e sofrimentos e prazeres e sugestões e conselhos de grão-vizir apaixonado pela bela que olhou através de sua luneta encantada para ver as estrelas além-mar que pensa poder alcançar tão logo estenda seu tênue braço por sobre o ombro do gigante adormecido que respira aliviado o perfume das estrelas que nascem do mar dos mais longínquos sonhos de senhora Camilamil e prezado senhor criador de pombos ladrões dos pensamento enquanto rezamos nas sagradas igrejas de um Jerusalém próximo dos meus domínios ultraestrelares e pósmodernamente trabalhados para serem os mais felizes pensadores que já puderam dar ao mundo um só dia de solidão e de paz guerrilheira durante as mais finas cirurgias para extrair os pesadelos da fabulosa Camilamil que eu nunca pude deixar de lembrar enquanto ousava esquecer-me dela aquecendo-se em minhas entranhas de mãe traiçoeira que resolve o destino de vida e de morte das estrelas e das pessoas que nunca perceberam que meu nome nunca foi nem nunca será o que você pronunciou ao saber quem eu era... Obrigada por me amar doce Camilamil.