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Contos-->O passado bate à porta ( prosa) -- 13/03/2003 - 01:47 (Vanderli Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O passado bate à porta ( prosa)

Vanderli Medeiros



Foi assim, um amor de mão única, ele apaixonado mas nada dizia, ela curtia os momentos apenas, sem se dar conta que ele a amava. Pensava:

"Ele é um homem muito rico e deve estar encantado por tê-la assim, bela e jovem, só isso, nada mais. Ademais ele é oriental e não entende sua forma de ser e pensar."

Estava então com apenas 22 anos e recém saia de seu primeiro casamento desfeito.

Ele a apresentava na sociedade como sua esposa, e assim ela era conhecida e respeitada como tal.

Um dia ela pôs fim ao relacionamento deles:

- Hoje caso-me com outro, é o fim...

Ele não acredita, pensa que ela brinca, diz que a ama e que irá esperar, um dia ela voltará para ele.

Ela sorri, pensa que nunca mais voltará, que foi apenas um caso, um namoro sem maiores conseqüência. Afinal ele é oriental e não sabe dos costumes brasileiros, jamais entenderia a liberdade de uma mulher latina.

Ele ainda a procura por telefone por vários meses e anos para saber se ela é feliz. Ela diz que sim. Ele volta a reafirmar:

-Quando não o for mais, lembre-se, estou a te esperar.

Ela não crê, pensa´: "É capricho, ele tão rico pode ter quantas mulheres desejar, diz isso porque o preteriu."

Quatorze anos se passaram então. Um dia aquele grande amor que a levou a deixar o oriental destrói a felicidade sonhada no vício e na traição. Acabou-se deixando-a com baixa estima, sentindo-se um lixo, metade mulher apenas. Um cisco...

Vivia ela amargurada, chorando, remoendo sua dor quando lhe batem a porta. Abre e não crê no que vê. Ele ali estava como num passe de mágica. A abraça, põe no colo, beija sua face, seus olhos e a olha como se não pudesse crer que a tem outra vez entre seus braços depois de 14 anos.

- Viu, eu disse que ele a magoaria, pois não a amava como eu. Nunca devia ter me deixado por ele...

Ela nem crê no que vê e ouve:

- Como pode, se passaram 14 anos, você ainda lembra-se de mim?

- Como lembrar, se nunca a esqueci?

- Mas hoje estou mais velha e sofrida, não sou a jovem linda que conheceu.

- Olhe-se no espelho, você ainda é jovem e garanto, os anos a deixaram mais bela, pois soma-se agora a beleza a experiência. Amar você é pouco, eu te adoro e jamais esquecerei, nosso destino é acabarmos juntos. Volte para mim...

Ele fica ali ao seu lado lembrando cada momento vivido ao lado dela. Seus olhos enchem-se de lagrimas ao ouvi-lo dizer cada momento que viveram juntos e que ele guardou n alma como perolas raras ao coração. Jamais pode imaginar que no coração de um oriental pudesse haver um amor assim, tão grande...

Ela fica alí indecisa. Por quê o passado parece tão presente, por que teima em voltar? Por que não aprendeu depois de 14 anos a dominar seu coração rebelde? Não seria melhor amá-lo?

Ele se vai e fica alguns meses longe, ela já pensava que ele realmente percebeu que não devia amá-la e que os anos arrefeceu esse amor, quando uma noite toca o celular, atende, é ele.

- Voltei, estive viajando. Você pensou em nós? Vai voltar para mim?Ou terei que esperar mais 14 anos?

Que falar? Que pensar?!

Pode a razão sobrepor-se ao coração?!

Por que o passado tem mania de se fazer presente assim...tão de repente?!

Parece brincadeira dos deuses com os simples mortais...

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