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Artigos-->Uma questão de justiça -- 20/04/2002 - 15:59 (Fabrício Sousa Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Todos os dias, milhares de pessoas são expulsas de suas casas, privadas de suas vidas ou obrigadas a interromper sua rotina diária para serem forçadas a iniciar uma nova rotina, de terror, medo e morte. O pior é que estas guerras ou conflitos são encabeçadas e postas em prática por iniciativa de algumas pessoas. Percebe-se aí como existem pessoas que têm o poder da vida nas mãos. E o absurdo é que utilizam esse poder sem nenhum espírito humano e sem maturidade. Para eles não há mortes; somente estatísticas. Refiro-me ao massacre e a humilhação impostas ao povo palestino pelos israelenses. Não denomino ao que está acontecendo de guerra ao terrorismo, mas um massacre terrorista a um povo inocente e humilhado. Guerra é quando dois países, que pelo menos possuam algum poder bélico, entram em conflito. Nesse caso existe um país forte militarmente – com inclusive a bomba atômica – e um “país” desarmado pelo tratado de Oslo, que o proíbe de se armar e diplomaticamente fraco, visto que ainda não é reconhecido com um país. O resultado é milhares de mortos, desabrigados, um território sem infra-estrutura, um povo humilhado e com o coração cheio de ódio contra seu algoz. Esse ódio proporciona a perda de esperanças aos filhos da Palestina, que já não valorizam mais suas vidas, ou melhor, a utilizam como uma das únicas armas que pode ser usada contra o inimigo: os mártires bombas.

Durante muitos anos o povo de Israel teve que lutar pela vida e contra a humilhação a qual era submetido por não possuir um Estado independente. Em 1948, após o fim da II Guerra Mundial, criou-se o Estado de Israel, por intermédio da ONU, que esperavam o fim dos conflitos naquela região. Foi posto um fim ao sofrimento daquele povo. Sem dúvida, seria um grande passo para o processo de paz àquele território. Seria, se não fosse a vontade de conquistar territórios que o Estado de Israel possuía, começando a reproduzir a mesma perseguição a qual haviam sofrido. Passar pelo que passaram não foi suficiente para saber como é ruim perder suas casas, seus familiares, suas crianças, suas vidas e seu respeito. Israel esqueceu rapidamente de tudo isso e passou de perseguido a perseguidor.

Como o Oriente Médio é um ponto estratégico militarmente e economicamente, alimentou a ganância de outro país acostumado a cometer barbáries pelo mundo em nome de seu crescimento econômico e de sua hegemonia a qualquer custo: os Estados Unidos da América. Membro do seleto Conselho de Segurança da ONU e o único país com voz de veto dessa organização, os E.U.A. iniciou seu apoio a Israel para estabelecer seu domínio sobre a região do “ouro negro”. Os E.U.A. bem que poderiam intervir de modo positivo nesse massacre, como país chefe do Conselho de Segurança da ONU, mas não possuem o interesse, visto que os mulçumanos são hostis a hegemonia estadunidense e, atualmente, são os únicos a enfrentarem o verdadeiro terrorismo norte-americano. Para que mais terrorismo que um embargo econômico, há 10 anos, imposto ao Iraque, e que possui como conseqüência o saldo de seis mil mortos todos os meses, de fome ou de doenças provocadas por falta de saneamento. Ou pelo embargo econômico, há 40 anos, imposto a Cuba socialista somente porque este é um país modelo em suas estruturas sociais e de excelentes qualidades humanas contrário ao sistema capitalista – dentro de suas possibilidades, pois são 40 anos de isolamento. Será que não é terrorismo um país, depois do fim da II grande guerra, detonar duas bombas atômicas sobre povos inocentes e indefesos em um país já destruído pela guerra e rendido? Povos tão indefesos como os iraquianos, os cubanos, os vietnamitas, os coreanos do norte,...

A postura tomada por Israel também possui o mesmo caráter de seu “padrinho”, a de terrorista. O seu primeiro-ministro Ariel Sharon – que mais parece uma máquina de guerra, o que sua história facilmente nos comprova – lembra-nos uma figura histórica bastante temida por sua visão megalomaníaca: Adolfo Hitler. Sua postura de “o cabeça dura” que não respeita e nem teme nenhuma lei internacional, e nem mesmo a posição da ONU contrária a sua barbáries, concede-lhe o título de o Hitler judeu – parece até um paradoxo. As leis internacionais muitos estadistas já as desrespeitaram e sofreram punições pelos desrespeitos cometidos, mas Sharon não as teme. E o mais agravante é o desrespeito ao maior dos tratados internacionais, o de vida em sociedade. A quebra desse tratado vital merece um repúdio massivo globalizante.

Finalmente, o mundo sai de sua estagnação e assume uma importante posição contrária ao terrorismo israelense-estadunidense. Tais práticas de terror mexem com qualquer pessoa insensível e indiferente aos problemas mundiais. A postura da opinião internacional está fazendo uma esperançosa pressão sobre Israel, mostrando a eles que o mundo está consciente de quem é a culpa, e principalmente está imune a propagandas enganadoras e alienantes como o marketing norte-americano: “guerra contra o terror”. O mundo já sabe que são os verdadeiros terroristas. O apoio aos palestinos não é apenas uma questão de estar contra Israel e os Estados Unidos, mas, sobretudo, uma questão de justiça.











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