Porto dos enganos
Depois dos labirintos
um porto se apresenta sempre.
Lá onde a imagem leva ao lúdico.
Um ás de ouro,
Uma mulher e seus céus,
onde passear é sorrir.
Ali onde o conforto
chega sorrateiro
para aliciar o cérebro.
Este é o bom porto:
chegar sem saber e feliz.
Mas a fome é paralela.
É vertical e cresce
no homem, em sua boca
ávida de conhecer: fome.
E ao sabê-la, partir.
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