CHAMA ARDENTE
Tentei te esquecer
Nas horas vagas,
Nadando em mágoas rasas,
Na lembrança de promessas vãs
De esperanças vastas
Tentando te fazer aventura vaga
Sem amargura,
Feitiço da lua
Que vai e passa e não deixa marca
Na alma nua
Tentei te esquecer
Em planos loucos, em braços louros,
Em amores mornos,
Em viagens sem retorno
Deste amor louco
Hoje em abandono
No qual me dano, me esgano,
Nas entranhas deste querer insano
Do qual és senhor e dono
Deste amor soberano
Tentei te esquecer
Em desvarios da mente sem brio
No convívio frio que te vejo rir
Quando ameaço partir:
Sabes que te amo além de mim
És chama ardente
A me queimar o ventre
Insensata semente
Deste amor demente
Que plantastes em mim
Sem rumo, sem querer,
Este amor sem futuro
Desabrochou em flor e fruto
E nas suas raízes eu renasço
Não para te esquecer
Mas para te amar até morrer
MORGANA
Rio de Janeiro, 01/07/03.
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