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Poesias-->CENAS NOTURNAS -- 02/08/2003 - 17:16 (NILTON MANOEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CENAS NOTURNAS



É noite...

Que vacuidade cósmica

vê-se no céu.

De repente

plúmbeas nuvens

dançam,

esparsas e dúbicas,

em estranho frenesim...



O silencioso véu,

mormacento,

invade a cidade...

ruas,travessas,becos...

tudo vazio,

hostilmente mal-iluminados

se, viva alma sequer...



Edifícios,casas,jardins

tristonhos, ermos ,enfadonhos

envoltos no compacto silëncio

arvores secas

curtas

compridas

carcomidas

tremulantes

no ímpio silêncio das sombras



Sigo só

na rua deserta

olhar clínico

ouvidos aguçados

abafo o rumor do salto carrapeta da bota

na insólita caminhada.

contrastando

choram estridentemente os gatos

eu te pego eu te rasgo

chilria uma coruja

lata os vira-latas...

Na noite

o tétrico asfalto

é treva quilométrica...

ladeio o longo muro cinzento

bueiros soltam miasmas fétidas e mornas

asfixiantes...

Vejo mórbido

sujo,perebento

um bêbado sem lar e amigos...

Carcaça curtida

nas garras da morte...

Deve ter tido mil sonhos

iguais aos meus e iguais aos seus

deve ter sido eleitor votante.

Talvez tenha ajudado a eleger

e comemorar vitória do seu candidato...

Cético caminho

na fímbria da esquina

uma velha prostituta

figura sinistra na noite

parece a parca em trotoir...

Já distante da avenida

numa quina do cemitério

denso e sepulcral cheiro de velas

na entrega de tudo: champanha,frango, charutos

e objetos abjetos de macumba

nem muito longe gentes estranhas

seguem num estranho ritual...

Tomado de sobressalto

por coisas psicodélicas

vejo o descalabro social...

quao sarcástico e estranho é o mundo em que vivemos...
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