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Poesias-->VIDA RESTRITA -- 02/08/2003 - 23:02 (Morgana Meirelles) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




VIDA RESTRITA



Estou sob medida

Desta vida restrita na qual sufoco

O grito da minha alma ferida,

Na lembrança de amores

Que se fizeram despedida



Estou em rebeldia

Desafiando minha ousadia

Na luz que me acende

Na curva do dia, que se fez menino,

Na sombra do meu desatino



Estou na periferia

Tragando em solidão minha agonia,

Nos porões submersos,

Nos quais é negado o acesso

Do teu querer em excesso



Estou em demasia

Farta da minha própria companhia,

Sob o véu que me fiz rainha

Perdi o brilho da estrela guia

No breu do céu que perdi meu dia



Estou de partida

Sem uma lágrima, uma saudade,

Sem sequer um pouco de melancolia

Na verdade, vou em euforia,

No vôo do apelo mudo

Onde a morte não é o final de tudo



MORGANA



Rio de Janeiro, 02/08/03.



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