Você já havia comentado comigo, que freqüentava uma igreja evangélica. Achei interessante, respeito todas as religiões. Não tem que se envergonhar disto, se for bom para você, desejo que seja feliz em sua opção. Lembre-se, seu caminho é certo, mas não é o único. Já fui à igreja Batista, exatamente, para acabar com esse preconceito, mas não senti nada que me levasse a converter-me. Em minha rua, tem uma igreja do Evangelho Quadrangular, conhece? Sinceramente, não me transmite nada, porque os pastores gritam tanto, que parecem brigar. Essa não é a maneira de fazer oração, de louvar a Deus. Muitas pessoas, convertem-se a religiões, como fuga de certas frustrações, ou como forma de frear condutas de vida. Freud chamava isso de sublimação. Tenho primas que se converteram e morando juntas, são desunidas e vivem brigando. Consideram-me perdida por não freqüentar igrejas. Se não fosse a fé que tenho em Deus, não sei se enfrentaria os problemas financeiros e doença da minha mãe, com tamanha serenidade. Onde encontro tanta força? Existem muita manipulação, muita bitolação e contradição em religiões., seja na espírita, católica, ou evangélica. Disse que sou espírita, porque acredito na doutrina, na filosofia e nas orações. Não freqüento centros, nem tento comunicar-me com os mortos. Sei, que a maioria dos centros são picaretas. Procuro seguir os mandamentos, o Pai Nosso é a oração que expressa tudo e vivo de acordo com minha consciência e não sigo muitos conceitos e valores e religiões que muitas vezes, são deturpados. Acredito no cristão, não muito no religioso. Deus transcende às religiões. Não estou criticando sua opção, nem quero desvia-lo de sua fé, é apenas minha opinião. Espero não decepciona-lo.
DORA OLIVEIRA |
