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Poesias-->facho quente -- 03/08/2003 - 18:07 (lilia diniz) |
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Me arresponda o que faço
com tanto desejo a queimar?
que incendiando meus dias
eu chega nem sei expilicá
apois me deixa tumém moiada
que chego inté a “trevaliar”
e que nem as toras de pau verde
das fogueira de São João
apois sinto umas labareda quente
que queima quarquer vivente
brubuia as veia do coração!
E o que faço com a lembrança
dos teus óio a me prisiguir?
pelejo, mas como jogar fora
a buniteza dum colibri
a candura da lua cheia
que fica me oiano a se rir?
tão lá, abutecado a me chamar
pelejo pá fugir mais num dá não
apois sinto umas labareda quente
que queima quarquer vivente
brubuia as veia do coração!
Como posso isquecer, vamo diga?
Aquele bejo que me foi robado
aquela língua a me dispir
o teu corpo no meu apregado?
Que nos sonho me atrumenta
com esse jeito de home safado
adonde posso me isconder, diga!
inrriba do céu ou debaxo do chão?
apois sinto umas labareda quente
que queima quarquer vivente
brubuia as veia do coração!
E pru que é que tu num vem?
e que nem dois bicho do mato
nóis se agarra, se ama, se chera
e se aprega que nem carrapato
e pru que é que tu demora?
vem logo que o fogaréu ta é arto
eu sei que tu tumém ta doidim
mas eita ispera danada do cão!
apois sinto umas labareda quente
que queima quarquer vivente
brubuia as veia do coração!
Lília Diniz
18.07.03
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