Isto é uma coisa temática
De uma fração ecológica
Será talvez carismática
Mas em nada teológica
Eu a acho bombástica
Por ela ter muita lógica
Eu como ovo de pata
De pato seria ilógico
De freio existe sapata
No início se faz prólogo
Dinheiro é pra numismática
E leão para zoológico
Animal sentimental?
A sofrer de ansiedade?
Acho que é natural
Reflexo da sociedade
dessa nossa atual
com tanta insanidade
Agora entro no tema
De algumas quase anciães
E delas sinto pena
Hão de vir outras manhãs
Pois elas são açucenas
São deusas, belas iansãs
Um pintinho junto da água
Estava um dia a chorar
A razão da sua mágoa
A triste sina que tinha
Ele certo agora estava
Que sua mãe era galinha
Um peixinho ali chegou
Junto àquela cena estranha
E ali ele parou
Ao ver tristeza tamanha
E a ele se comparou
Por sua mãe ser piranha
Lembraram então do cavalo
E uma coisa a outra leva
Vive sempre no trabalho
Animal que não tem trégua
E entra também no embalo
Por ser filho de uma égua
Se a gente tem bom vizinho
Se ele não faz falcatrua
O tratemos com carinho
Não lhe metamos a pua
Mas a mãae do peruzinho
É uma tremenda perua
E começaram a sorrir
E ali tomaram Fanta
Bonito seria o porvir
Com muita, muita festança
Ao lembrarem do tapir
Cuja mãe é uma anta
E acabou-se a amargura
E de rir tiveram espasmo
Parecia até locura
Mas logo ficaram pasmos
Ao lembrarem que é uma burra
A mãe do pequeno asno
Ficaram quase em asculta
Quando divisaram um vulto
Que vinha nada de oculta
E sem nada de tumulto
Chegava ali Dona Pluta
A mãe do cachorro Pluto
E chegaram a conclusão:
A mãe do pinto é GALINHA
A do peixinho PIRANHA
A do cavalo é uma ÉGUA
A do tapir uma ANTA
A do asninho é uma BURRA
E por não aceitar insulto
Por ter uma mãe tão inculta
Conclui-se que o PLUTO
É mesmo filho da PLUTA