GENERAL DE EXÉRCITO ANTONIO HAMILTON MARTINS MOURÃO
Aileda de Mattos Oliveira (7/2/2018)
Minha continência verbal, digitada e assinada.
O título deste artigo recebe o nome de um Homem, com H maiúsculo, e o de sua patente, conquistada com muitos anos de estudo, muita devoção ao Brasil, que lhe renderam um vasto acervo de conhecimentos do país que político nenhum conhece e não manifesta interesse em conhecer. O único foco para o qual converge o interesse desse espécime primário é o dinheiro do contribuinte e das propinas que recheiam as malas e chegam, por muitas vias, a destinos previamente demarcados.
Com H maiúsculo, não por ser apenas militar, mas além dessa circunstância positiva, sua voz incisiva, transmissora de pensamentos reflexivos sobre a realidade em que vive o Brasil, é demonstrativa da maneira independente e personalíssima de quem não se dobra aos que estão no tosco poder de uma República falida.
Se expõe com o olhar analítico e preciso seus pontos de vista sobre as intenções dos muitos Silvérios dos Reis que ainda dominam a política nacional, jamais dirá, disso tenho certeza absoluta, que “as instituições estão funcionando normalmente”, porque não se apega a batidos chavões saídos até mesmo da Instituição Militar a que pertence. Essas palavras ocas nunca iremos ouvir de um Homem como o General Mourão, porque a coerência tem sido a marca de seu raciocínio.
Se os militares compõem as Forças Permanentes às quais cabem defender a soberania da Nação, por que, então, não podem manifestar-se cobrando obediência à Constituição, ferida continuamente por parte dos Três Poderes comprometidos com criminosos da alta linhagem corruptora? Poderes que não obedecem ao que determinam os seus Artigos e desejam eliminar a soberania pela qual são responsáveis os militares. Não seriam eles cúmplices se permanecessem calados? E não serão se permanecerem passivos?
Por que as agremiações criminosas que dominam o Congresso, as Casas Legislativas, com ramais no STF, aliadas à imprensa venal, chamam de “golpe” à qualquer intenção de intervenção militar em favor do desenvolvimento do país, sem mentiras, sem máscara, sem demagogia, sem desvios de verbas, em favor da ética, em favor da educação sem a imposição ideológica de um governo acordado com grupos altamente descompostos moralmente?
Por medo, unicamente, por medo de perderem a sinecura que representa o mandato de cada deputado, senador, presidente, todos sem interesse pelos assuntos nacionais, mas ávidos, absolutamente, ávidos, em espoliar com pesada tributação os que realmente trabalham para lhes sustentarem os privilégios.
No país da contradição, as pessoas que têm consciência cívica desejam ouvir o Homem, o General Mourão, que, além de suas vibrantes declarações em completa sintonia com a parte saudável do País, impõe, pela virilidade de sua postura e ações, respeito e liderança. Isso é raro, muito raro, raríssimo, hoje em dia!
Seria ótimo que chegasse às mãos do General este sincero desabafo de inconformismo com um incidente que tenho certeza não chegou a ter conhecimento.
Foi mais um dos obstáculos que vem surgindo a cada passo no caminho dos que desejam o bem do Brasil e manter viva a sua História, obstáculo ao qual o Jornal Inconfidência sempre se refere com o nome de “fogo amigo”, comportamento de várias facetas porque resulta da hipocrisia de alguns que se dizem correligionários e participantes de nosso ideário de Pátria, Família, Educação e Liberdade com Deveres.
O “fogo amigo”, sempre encoberto por intenções dissimuladas, é a pedreira no caminho dos que desejam a unidade de todos que têm em mira um Brasil de verdadeiros brasileiros, protegido por uma Justiça que não se deixe corromper pela presença putrefata das “ideias companheiras”.
Lamentável é que os demasiadamente zelosos em proteger o General Mourão não desejassem a presença de ouvintes “não especiais” à palestra realizada em novembro no Rio de Janeiro. Certeza eu tenho de que o próprio General gostaria de sentir a dimensão do apoio externo que conquistou entre os fervorosos assistentes de seus vídeos em palestras em outras plagas. Não somos nós que temos de nos manifestarmos para que se concretize a intervenção militar? Não é isso o que dizem os próprios militares? Por que, então, impedir-nos de ouvi-lo e por que, então, impedi-lo de ver a nossa participação?
Desejávamos assistir à palestra do General pessoalmente, sentir o timbre de sua voz combatente, para pesarmos o conhecimento de sua análise a respeito do que se passa verdadeiramente neste País de traidores governos civis e de criminosos que cumprem pena em suas próprias mansões ou em seus luxuosos apartamentos à beira-mar. Benefícios concedidos por magistrado de igual caráter, asquerosamente desprezível, que não percebe que a roda gira e a sua toga encardida cairá na poltrona imunda de sujeira acumulada pela conivência com a pocilga.
Mas algo continua incomodando. Por que não permitiram o ingresso de pessoas, notadamente patriotas, devidamente identificadas, no local onde palestrava o General Mourão que, certamente, ao final de sua participação, deve ter recebido dos beneficiados ouvintes tapinhas de bajulação e pedidos de muitas fotos nos celulares nervosos? Por que não pudemos ouvir o General Mourão, se o convite divulgado não discriminava o público civil e, por isso, foi repassado com a maior satisfação para todos os contatos?
De acordo com a proporcionalidade da aberrante proibição dos responsáveis pelo evento e pelo constrangimento que nos causou, creio que a melhor atitude a tomar é não divulgar, daqui para a frente, artigos, convites e comentários que cheguem, à minha caixa, com o timbre dessa Instituição.
Devemos apagar, definitivamente, as chamas do “fogo amigo”, venha ele de onde vier e que, por obra de alguns operosos ‘mediadores’, visa a queimar o entusiasmo daqueles que desejam mudanças radicais de conceitos administrativos e ideológicos, já que os inimigos de esquerda, ao contrário do que fazem os nossos pseudopatriotas, agem em bloco com objetivos definidos.
Chega de posições dúbias! Chega de fazer ingênua ou intencionalmente o jogo do adversário! Chega de palavras inúteis e desculpas sem fundamentos! Chega de narcisismo! Já perdemos tempo demais por causa da vaidade dos que posam de defensores da retomada da moralização do País, mas que, na verdade, levam a desunião entre as próprias forças reagentes, como estão fazendo acontecer e, se não reagirmos, permanecerá o mesmo falso empenho de muitos em melhorar esta Nação.
Dr.ª em Língua Portuguesa. Acadêmica Fundadora da ABD. Membro do CEBRES.