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Poesias-->Noite Íntima -- 05/08/2003 - 10:58 (Anderson Christofoletti) |
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São 4 horas.
Resgato a última estrela que o céu sustenta,
Seu brilho , em flor de esperança e fogo,
Traz um lirismo guardado nos
Infinitos sentidos do amor.;
Nas duas faces da dor.
Carrego comigo uma angústia inexata,
Uma saudade vaga
Que me unge
Quando fito o horizonte do silêncio.
Uma noite
Esculpida há tempo em meu peito
Arrefece todas as hipóteses de aurora.
Um verso
Ecoa por entre pensamentos perdidos
Que vão de tudo aquilo que poderia
Ter sido
Àquilo que será.
Ainda que não haja manhãs encastoadas em meu peito,
Algum lugar de mim
Esboça
– Em branco e preto -
Um alvor de futuro :
Um fio encoberto pelas sombras desta madrugada interminável .
Queria um verso com o brilho
De um amor pueril,
Mas a noite me cega
E ofusca o diamante do grafite
Que, hoje, sabe ao amaro
Silêncio em que me perco.
Queria apenas um sonho bom
Que me acolhesse
Feito um segundo sol
Que o amor torna possível e real.
A estrela derradeira
Agora rasga a escuridão
Com suas asas faiscantes,
Mas o que escorre pela burqua da noite
É o silêncio dos sonhos acorrentados.
"DUAS ESTRADAS"
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO AUTOR
©Anderson Christofoletti
E-mail para contato : poetadasrosas@ig.com.br
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