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Artigos-->Decisão Insana -- 05/03/2018 - 13:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Decisão Insana



 



Coronel Manoel Soriano Neto, Historiador Militar e Advogado.



 



  E o Rio de Janeiro está sob intervenção federal, que, dizem, foi improvisada e sem qualquer planejamento. Ela será o mais do mesmo, uma mera vulgarização ou banalização de emprego de boa tropa, se, entre outras, as medidas tão bem preconizadas pelo general Heleno, não forem tomadas de imediato; e se adrede não se estabelecerem bem definidas ‘regras de engajamento’ para os militares em ação, porquanto o quadro social naquele estado é de total anomia. Caso isso não aconteça e se não lhes for dado o imprescindível respaldo jurídico (com o devido ‘poder de polícia’, a ‘excludente de ilicitude’ quando das operações, sem os arbitrários, mas necessários, sim, ‘mandados coletivos de busca, apreensão e captura’, sem a suspensão temporária das ‘audiências de custódia’, etc., etc.), as FFAA serão mais uma vez utilizadas por esse desgoverno que aí está, como joguete de uma ação diversionária, para encobrir o fracasso da votação da impopular reforma da Previdência... De pouco adiantaria, nessa conjuntura, a criação, com grande estrondo publicitário, de mais um ministério – o da Segurança Pública...



 



  Outro assunto muito digno de nota: desde meados de janeiro, ficou combinado em uma reunião sem transparência, sem debates e ‘a toque de caixa’, por uns pouquíssimos donos da verdade - sem que se cogitasse da aconselhável convocação e consulta ao Conselho de Defesa Nacional -, que o Brasil participará de uma Missão de Paz (?) na conturbada e explosiva República Centro-Africana, tão somente para atender os rogos da esquerdista ONU, cujo secretário-geral é o português e socialista António Guterres. O presidente da República se ilude ao imaginar que deixará uma marca pessoal e indelével na história da política externa brasileira, ao esperar da futura missão, o mesmo êxito das FFAA no Haiti. Nessa toada, embarcaram os ministros da Defesa e das Relações Exteriores (aliás, como não poderia deixar de ser, em face de seus históricos e bem conhecidos viezes ideológicos). A interrupção da pandêmica violência no dito país, impedindo que tudo se transforme em uma Somália (na atualidade, completamente tomada por facções terroristas), será o objetivo maior da citada ONU.



 



  A RCA, ex-colônia francesa desde 1960, há tempos vem sendo assolada por graves crises político-militares, hoje com 80% (!) de seu território nas mãos de grupos rebeldes, que se digladiam, sem piedade, contabilizando-se milhares de mortos na luta de muçulmanos x cristãos – já se falando em genocídio. E mais: por lá, está presente e militante, o terrível grupo terrorista islamista nigeriano Boko Haram, pioneiro na prática de atos de terror nos quais se utiliza mulheres e crianças, a par da ‘máfia nigeriana’, com atuação em vários continentes (vide as últimas ações facinorosas perpetradas na Itália...). Por isso, a RCA já consta do mapa do terrorismo internacional, como asseveram analistas de tomo. Destarte, a tresloucada deliberação, ora em comento, se afigura como algo surreal, melhor dizendo, estupefaciente!! Querem nos mandar apartar uma crudelíssima guerra civil, que não é nossa, sem que sequer comandemos a Missão, como ocorreu em São Domingos (com a FAIBRAS) e no Haiti, por treze anos. “Medo do perigo?”, como afirmou, alhures, um ingênuo desconhecedor de nosso valoroso povo? Em várias ocasiões de nossa rica História Militar, máxime nos dois maiores conflitos externos de que participamos: a Guerra do Paraguai (que o tal do discurso ‘politicamente correto’, quer que seja denominada de “Guerra da Tríplice Aliança” ou “Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai” – tenham a santa paciência...) e a Campanha na Itália quando da II GM, com a FEB, foram evidenciados, à saciedade, a nossa capacidade de combate, o estoicismo, a coragem e a bravura do brasileiro. Em suma, com o País quebrado (e que pode, sim, virar alvo preferencial do radicalismo religioso!), a segurança pública em pandarecos, os orçamentos das FFAA cada vez mais reduzidos, etc., etc., vamos nos dar ao luxo de enviar um contingente militar (que estará vulnerável a ser contaminado por ideias exóticas e indesejáveis!) ao exterior???



 



  “O Exército é um instrumento de Estado e não de governo”, declarou, recentemente, com muita propriedade, o comandante de nossa eterna Instituição.



 



  Não podemos embarcar nessa canoa furada!! A fim de que seja abortada essa insana decisão, com a palavra os comandantes das Forças Singulares, e, principalmente, os parlamentares!



 



  São Paulo, São Paulo, fevereiro de 2018.   


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