Quando voar é uma forma de sonhar,
como gaivota, posso também avistar ...
Para mim, solto na altura da imaginação,
o sol brilha, nascendo mais cedo ...
A beleza é estonteante ...
faz centenas de gaivotas
voando em círculos,
parecerem milhares ...
tão próximas passam,
que me tocam com as asas ...
Mais que leves, elas mesmas renovando,
a própria noção de leveza.
Mais que no infinito, elas mesmas definindo,
a própria dimensão desse infinito.
O além ... céu e mar ...
a vastidão de azuis torna o infinito,
necessariamente, eternamente azul ...
Na eterna magia de se lançar, voar,
uma gaivota faz lembrar à nossa terra,
que existe o espírito azul de seu mar ...
Gaivotas às centenas a passar ...
em todas as direções, alturas,
distâncias, velocidades ... a flutuar ...
Uma delas tão perto passa,
que a pureza do seu olhar
tão claramente me diz :
Quando os homens
terão o espírito das gaivotas ?
Quando tiverem a compreensão
que a liberdade só existe,
quando o divino habita,
o infinito dentro de nós ...
PERY BEVILAQUA
email peribevi@ig.com.br
|