BALÃO
Balão, balão,
pequena estrela
no céu de São João.
Balão, balão,
parece estrela
no céu de São João.
Balão, balão,
pseudo-estrela
no céu de São João.
Balão, balão,
pensei-te estrela
no céu de São João.
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A MINHOCA NA TOCA
A minhoca entrou na toca
do tatu e ali pensou:
“Se fosse o tatu um índio,
não seria aqui uma toca,
seria, sim, uma oca”.
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A MACACA BELARMINA
A macaca Belarmina
a casca de banana jogou no chão
e quando saiu a passear
na casca levou um escorregão.
A macaca Belarmina
outra vez jogou no chão
uma casca de banana
e mais uma vez parou no chão.
A macaca Belarmina
não aprendeu a lição.
Caiu e bateu a cabeça;
agora está morta a travessa.
Esta história me lembrou
um ditado que não sei ao certo,
mas que assim me parece:
“Se a cabeça não pensa, o corpo falece”.
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A CEIA DA ARANHA
A aranha na teia
prendeu um mosquito.
Achei esquisito
tal prato pra ceia.
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FLORINDA
Chamava-se, a menina, Florinda,
cujo apelido era Flor.
Também quis um beijo da abelha,
levou uma ferroada
e gritou de dor.
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A BORBOLETA E A FLOR
Brisando por entre amores-perfeitos,
a borboleta apaixonou-se por uma flor,
mas como esta não a acompanhasse,
a triste borboleta bateu asas e voou.
O coração do amor-perfeito, abandonado,
partiu-se e a flor despetalou.
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BÊNÇÃO
Nunca deixo de pensar, meu menino,
quando, num dia nublado,
alguns raios de sol escapam entre as nuvens
e tocam e iluminam teu inocente rosto,
que Deus, lá em cima, está te dizendo:
“Eu te abençôo, meu filho!”
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ARRANHA-CÉU DO JARDIM
Levava a dona Caramuja,
sobre a sua encaracolada casa,
seu filho caramujinho
em sua encaracolada casinha.
Ainda bem que dona Caramuja
só tem um filhinho,
pois se muitos tivesse
e com todos o mesmo fizesse,
com certeza teríamos, assim,
o primeiro arranha-céu
encaramujado do jardim.
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O PATO PATI E A GATA LOLA
O pobre pato Pati
de sua mãe se perdeu
e, por ser muito pequeno,
com esta ausência sofreu.
Só, pelo campo saiu
procurando um lugar
no qual houvesse carinho
pro seu corpo aconchegar.
Avistou a gata Lola
com cinco seus filhotinhos
e pensou que aqueles pêlos
formassem diversos ninhos.
Aproximou-se da gata,
entre os cinco abriu caminho.
A mãe Lola, erguendo a perna,
acalentou o patinho.
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Reque, reque, reque.
Descendo a ladeira,
lá vai o moleque
com seu reco-reco.
Da janela, com seu leque,
grita a velhinha:
— Passa, moleque!
Encabulado, encolhe o ombro
como a pedir desculpa.
A velhinha com seu leque
mal some da janela
e dela se esquece o moleque,
que vai descendo a ladeira.
Reque, reque, reque.
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HAICAI 1
Criança espiando
pelo vitrô da cozinha
um doce segredo.
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HAICAI 2
Caixa de brinquedos.
Velha boneca chorando.
Menina cresceu!
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HAICAI 3
Estante do asilo.
A Carochinha esquecida.
Qual moral de agora?
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HAICAI 4
Noite de Natal.
O somalinho espera.
Brinquedo ou a morte?
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HAICAI 5
Cama do menino.
A mãe afaga o vazio.
“Filho, olhai por nós!”
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HAICAI 6
Joelho esfolado.
A dor já foi esquecida.
Marcas da alegria.
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LIMERIQUE 1
O pobre papagaio Mudo
deu de cara com o Rabudo.
Que susto tamanho!
Mudo ficou fanho
e gritou: “Chai daqui, chifrudo!”
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LIMERIQUE 2
Aquela minhoca Claudete
caiu no prato de espaguete.
A menina olhou
e à mãe comentou:
“Fresquinho mesmo este espaguete”.
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LIMERIQUE 3
A filhinha da fofoqueira
deu trabalho à costureira:
fazer seus vestidos
com boca e ouvidos
pra conversar mais, a faceira!
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LIMERIQUE 4
A princesa do reino ao lado
queria um noivo e noivado.
Não soube esperar,
agora é babá:
beijou um girino encantado!
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