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Cronicas-->Taenia Solium na Usina -- 14/12/2002 - 06:48 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


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E, de minha parte, os Toledo estão em extinção nesta Usina. É que as únicas netas, no futuro, vão receber sobrenome de quem se casar com elas. Desejar que elas fiquem solteiras, somente para ter o brasão da família por mais tempo, isso não! Desejo até sair da tumba para ir às festas de casamento delas.
Fico choroso mais, mesmo, é por causa da Usina. Se bem que há muitos Toledo por aqui. Aliás, dizem que os Toledo, na Zona da Mata, em Minas, proliferam como gafanhoto. Mas, se todos os Toledo que escrevem para a Usina têm ou vierem a ter somente netas, estaremos fritos.
Vendo pelos olhos do taxista de outro dia, pouco importa isso de sobrenome. Diz ele que "família somente muda de sobrenome. É tudo igual, meu caro, se tiver escritor e doutor, também, vai ter ignorante e malfeitor. Os problemas são os mesmos: maus convívios, falta de diálogo, de numerário, de saúde, de vergonha na cara, e por aí vai. Deus é que entra no meio de todas as famílias, pra apartar os maus dos bons, os velhos dos novos, as "titias", das casadas, os solteirões desempregados, dos já casados. A mulher fura o dedo costurando e o marido pesca, todos de fogo. Depois, vêm as difamações, e as inflamações, também. E por aí vai.
E, expandindo o pensar, o senhor não vê por aí, as companhias de saneamento? Elas se reúnem às nossas custas nas principais capitais do País, em hotéis de luxo, gastam uma nota preta, somente para constatarem que são da mesma laia. É a mesma miséria em cada Estado, a mesma perda, de água, de talentos e de energia, mutretas nas licitações... E todas são instituições que vieram para melhorar o corpo e a mente do povo. No entanto, em cada grotão desse aí, é fácil saber quem não tem ovinhos calcificados de tênia na cabeça. É professor pitimbado, doente, dando aula pra menino contaminado. De que adianta computador, se um aleijado de cérebro dá aula pra outro aleijado?
A bem dizer, enquanto não houver tratamento de esgoto, Deus é que acaba nos guiando, desatando nós uns e nós outros, pra gente romper. E por aí vai.
__É, a questão é de nós...
__E, mais, se o senhor notar bem, vai ver que família não é questão somente de sobrenome, não! É questão de problemas comuns, deficiências comuns, em cada esfera onde tem essa espécie de bicho, da qual não tem jeito da gente se excluir, que degenerou as grandes espécies de nossos símios, chamando-se de "sapiens". Quer dizer, enquanto não houver tratamento de Verdade, Deus é que encaminha deveras cada esfera de "feras". E por aí vai.
Pra onde é que o senhor vai, mesmo?
_ Pra Avenida...
_Não! Isto o senhor já havia me falado quando entrou aqui, mas, na verdade o senhor está em ex-
tinção como eu, vamos para os mesmos sete palmos e pouco rastro vamos deixar, com ou sem des-
cendentes machos, do mesmo modo que os nossos sucessores, nesta grande família.
O senhor tem que idade mesmo?
_61 e meio. E o senhor?
_ 62! É desse jeito! Estamos chegando, irmão...
Notando aquele mau agouro, respondi:
_ É, mano! Mas, ainda tenho outro filho por casar... Quem sabe? Ainda posso ter um ou mais netos.
Bem educados podem até ser escritores e, assim, não vão desfalcar o time dos Toledo na Usina, pensei. Ao pagar a corrida, perguntei pelo seu nome, como é de praxe.
__Itamar.
__Huuummm...! "Pedra do mar", muito prazer.
__E qual é a sua graça?
__Elpídio, em grego quer dizer Esperança!Gostei do papo, principalmente, dos nós, das dificuldades.
Bom Natal, e mande lavar bem as alfaces, he, he, he!
E ele respondeu:
__Ééééé, as faces também!
Vim para casa e achei que devia publicar o raciocínio do taxista. E, assim o fiz, até chegar neste ponto. E, ao revisar a matéria, fui levado a pensar mais: ora, se sobrenome não é problema, se somos uma grande família, "similia similibus curantur", tudo depende de como agimos em cada contexto. No contexto da Usina, por exemplo, a comunidade de escritores e leitores, bem que podemos ouvir os apelos da Darlana, em A Usina não vai acabar.... Leiam é muito importante.
Da minha parte, apressei-me em enviar-lhe um e-mail, sugerindo que ela promovesse a Usina junto à ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária - que capitania as inter-relações entre as companhias de saneamento de todo o País. A Usina pode ser uma ponte de incentivo entre elas e seus respectivos empregados, bem como uma fonte inesgotável de informações sobre o ambiente e o que pensam os consumidores. Por quê não? Uma cartinha do Waldomiro ao presidente da ABES e eis aí um grande link. O jequitibá começa de pequeno!


Com os cumprimentos de Natal do Thim, crente em verdura lavada, filhote de Engenharia Sanitária e servo do "Paz e Amor".

Universidade: tempo de formaturas












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