Cavalo (pintado)*
Crianças, sob orientação pedagógica e dentro da Sociedade Hípica de Brasília, pintaram um cavalinho (vivo!) dócil e manso.
Os defensores do pseudoprojeto afirmam:
- Não houve maus-tratos.
[Talvez até por que estejam acostumados a presenciar diariamente os indefesos animais sofrer crueldade sem limites de carroceiros, que não recebem advertência alguma]
Assim não pensam os que enxergam ter havido maus-tratos, abuso de poder e falta de imaginação.
Na Capital Federal, transitam com frequência carroças puxadas por cavalos - (subjugados e abnegados), quase sempre magros, com sinal de fome, olhos tristes e perdidos, debaixo de sol quentíssimo e de rédeas constantes -, que sofrem atrocidade que os olhos de órgãos fiscalizadores não veem.
Parece que o mais recomendável seria desenvolver essa arte (pintar o cavalo) num papel, num muro, numa parede ou noutro ser inanimado.
Autoridades estão examinando o ocorrido. Tomara orientem melhor (ou até punam) os inventores desse projeto, que deixa bastante a desejar.
Por fim, quem não respeita animais por certo faz o mesmo com seu semelhante. Provavelmente, não respeita nem a si.
* Brasília, DF, 24/07/2018. Por ocasião da matéria: "A batalha do cavalo pintado" (CB, 24/07/2018, capa e Cidades, p. 20) |