Usina de Letras
Usina de Letras
155 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50605)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Syëmberarth - Prólogo -- 23/03/2003 - 21:28 (Juliana Rabelo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
.:*~Prólogo~*:.


Uma noite comum na Colônia. As lindas estrelas brilhavam no céu, o canto dos pássaros e o uivo dos lobos quebravam o silêncio da Grande Floresta, as pequenas cachoeiras de águas límpidas e transparentes como cristal jorravam tranqüilamente. As casas élficas pareciam brilhar na escuridão, emitiam uma luz serena e agradável, tornando o lugar mágico. Havia vozes no ar, calmas e etéreas, suaves como uma pena sendo levada pela brisa, sussurrando palavras doces. Toda a tranqüilidade da Colônia era invejada por muitos povos que migravam para esse belíssimo lugar a procura das encantáveis palavras dos elfos. Desde os tempos antigos, os elfos mais sábios vivem naquelas terras, cultivando e criando, sempre encontrando novos meios de ajudar os animais e plantas, além de homens e elfos perdidos na escuridão.
A Lua brilhava no céu, iluminando toda a floresta. Ouvia-se o tilintar da água correndo suavemente num pequeno riacho, perto da Velha Árvore. Assim como grande parte da floresta, a Velha Árvore já estava ali desde a chegada dos primeiros elfos e sua exuberância ainda enchia o coração de todos os viajantes de satisfação e fascinava os homens que pouco sabiam sobre a floresta.
Entre os galhos e folhas da Velha Árvore, havia uma placa prateada, adornada com pedras preciosas e algumas pérolas. A língua era antiga, criada pelos Elfos do Sul quando chegaram naquele local, e dizia:

"Grande Floresta de Niarath.
Colônia Élfica fundada pela Senhora Niarë e pelo Grande Elfo Celtarth"


E logo abaixo, numa fenda do tronco da árvore,uma espada descansava, em pé, envolta de lindos lençóis de tecido élfico. A espada era grande, fina e leve como uma pluma. Seu punho era enfeitado com grandes e brilhantes pedras brancas e na lâmina estava escrito:


"O brilho de Niarath resplandece, junto com a coragem dos guerreiros."


Era a espada de Niarë, a Grande Senhora Élfica que lutou contra as Forças Escuras e fundou a Colônia da Grande Floresta, mais conhecida, entre seu povo, como Floresta Niarath. Niarath foi o nome dado à espada que brilhou na batalha, libertando os elfos do sofrimento. Agora, depois de eras e mais eras, a espada continua no local da morte de Niarë.
Muitos elfos visitam a Floresta apenas para contemplar a beleza daquela espada e ser hipnotizado por aquele brilho reconfortante.
Ao final dos Grandes Anos, Niarë morreu, vítima de uma Espada Negra, e deixou toda a Colônia para sua filha, Namiarë. Esta viveu longos anos até ir para as Grandes Montanhas e se sacrificar para salvar os elfos de Sorarth do Sul da ameaça do Escuro. Tudo parecia perdido e Namiarë não teve outra escolha. Em seu último suspiro, transferiu todo o seu poder para a espada Niarath, que nunca mais poderia ser usada por alguém que não fosse da Linhagem Real de Niarë e deveria permanecer na Árvore Velha. Um dia, quando a hora chegar, ela renascerá e tomará a espada novamente, juntando seu poder com o poder da espada. Assim a Colônia viveria em paz para sempre e a escuridão seria disseminada de toda a Syëmberarth.
Enquanto isso, a raça dos elfos foi tomada pela escuridão e transformada em seres malignos e sem piedade. Para os elfos restantes só restava esperar pela volta de Namiarë e finalmente serem libertados da Escuridão. Difíceis anos se passaram. A Escuridão aumentava pouco a pouco e a esperança se tornava cada vez mais fraca no coração dos homens. As vozes doces e reconfortantes se limitaram a gritos de sufoco e sofrimento e a única força que mantinha a Colônia livre da ameaça era Niarath. Enquanto aquela espada permanecesse ali, nenhum mal entraria na colônia. Porém, essa força não duraria para sempre. A Escuridão já havia alcançado grande parte de Syëmberarth. Os dragões despertaram e voltaram a atacar viajantes nas proximidades do Vale Morto. As serpentes do Deserto do Vento tornaram-se hostis e incontroláveis. Até mesmo elfos, seres puros e sem maldade no coração se tornaram assassinos cruéis.
Dornath passou a ser o único lugar seguro, mas não por muito tempo: as forças escuras começavam a avançar pelo rio Dorna, vindas do Oeste de Ernath. Sorath do Norte também já havia caído, assim como as cidades das Torres Cinzenta e Vermelha. Até mesmo as chamas de Aaria estavam se apagando. Seus vulcões perdiam a força pouco a pouco.
Observando a luz das estrelas, os elfos da Colônia cantavam baixo, espantando os seres maus. Seus encantamentos iam até a borda da Grande Floresta e pouco mais que o Desfiladeiro de Beltas. Um jovem elfo, de pouco mais que alguns séculos, parou de cantar e observou a colina iluminada tristemente. Seu rosto era belo, olhos castanhos com o brilho das estrelas, e seus cabelos eram quase negros como a noite, brilhando como a água cristalina de um riacho. Mesmo sendo jovem, seus olhos mostravam grande sabedoria. Havia uma tiara dourada em sua testa e suas vestes eram verdes como toda a Grande Floresta. Ele se virou, olhou para seu pai, Gerad, e suspirou.
- Mais uma pobre alma condenada. Sinto isso no meu coração. Até quando suportaremos isso, meu pai? Já se passaram mais de mil anos desde a morte de Namiarë...Será que aquilo tudo não passa de uma lenda? Uma história que os elfos de Sorarth inventaram para minimizar a gravidade da situação?
- Não sei, Helin...Cada dia que passa, nosso povo perde a esperança, mas acho que isso não foi inventado. Conheci Namiarë e ela faria o possível para salvar nossa terra, em nome de Niarë. Os elfos de Sorarth não inventariam uma história qualquer. Além disso, eu estava presente na morte de Namiarë e acho que ela não faria promessas em vão. - disse Gerad. Ele era um elfo muito respeitado e poderoso na Colônia. Era amigo de Namiarë desde o nascimento, já haviam compartilhado muitas eras juntos. Famoso entre elfos e homens, tinha cabelos e olhos castanhos e seu rosto era jovem e belo.
- O pior de tudo é que eu também começo a perder as esperanças. Como saberíamos que Namiarë voltou a Syëmberarth? É um mundo vasto e grande parte dele está corrompida. E se Namiarë também for corrompida? Nossas esperanças vão se perder totalmente, além de dificultar as coisas...Essa espada em mãos errada acabaria com todo o nosso vasto mundo! - disse Helin.
Gerad olhou nos olhos do filho, sabendo que ele poderia ter razão. Namiarë poderia ser vencida pela Escuridão e se tornar como um deles? - Eu saberia se Namiarë estivesse viva, meu filho. E em meu coração não há nenhuma prova de que ela esteja no mundo. - suspirou.
Helin voltou a olhar as estrelas. - Não conheci Namiarë, nem sei se posso sentir a força dela. Mas enquanto eu ainda tiver esperança, a usarei para tentar proteger o coração dos mortais e imortais. - pegou seu manto caído no chão e se cobriu. - Peço permissão para ir até o Grande Lago, meu pai. Minha tia Mimerath deve saber se algo mudou...
- Dou a permissão, Helin, mas tome cuidado. A estrada para o Grande Lago está perigosa e a Escuridão já a alcançou. Nunca perca suas esperanças, e estará a salvo! - disse Gerad beijando seu filho e chamando alguns dos elfos que estavam cantando. - Helin partirá da Colônia. Preparem seu cavalo e mantimentos. - os elfos saíram e Helin parou diante do pai.
- Levarei comigo toda a esperança que puder. Se Namiarë realmente cumprir sua promessa, voltarei com as mais maravilhosas notícias, pai! - deu as costas e partiu.


continua no capítulo 1
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui