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cronicas-->AMANHÃ PERDIDO -- 18/07/2000 - 20:05 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No amanhã perdido de meus pensamentos, penso. Ou simplesmente penso de pensado aquilo que jamais pensaria. São tantas dúvidas que a cada amanhã penso não mais pensar. Tudo errado penso. Saio as ruas e vejo aquilo que pensei ter acabado. Ledo engano. A minha sombra me persegue. Aquele vulto corre atras de mim feito louco. Acho que estou enlouquecendo, penso. Paro na escola de natação para almoçar e de lá não quero sair. O sedentarismo está me matando. Não tenho mais diversão ou prazer. Tenho tão somente obrigações e mais obrigações. Horário a cumprir, não os cumpro. Vivo o tempo psicológico e não o cronológico, logo não tenho vontade de fazer nada e, se tiver que fazer algo o farei naturalmente sem exigências. Chega de pressão cobranças. Tenho que esvaziar a minha mochila e parar de olhar as mochilas alheias. Todos seguem um padrão. Levam uma vida metódica e nos cobram o mesmo. Sou diferente, sou artista. Sou poeta e malabarista. Viajo no àngulo de meu raio de visão e já não enxergo nada. Sou um atleta do ócio, porém com tantas e tantas tarefas.

No amanhã que imaginei sem fome, miséria, abandono, corrupção, injustiças e medo guardo um segredo. Talvez, tal segredo seja revelado um dia, mas como revelar um segredo que guardo de mim mesmo. No amanhã sem o positivismo dos apresentadores de TV e do mundo imaginário que eles vivem quero voltar às origens. Antes eu era uma sombra na parede, mas hoje sinto falta daquela sombra do que eu era, aliás onde andará minha sombra perdida nesses amanhãs perdidos. Hoje corro atras da minha sombra que está à deriva e temo que a pobre esteja rastejando feito os vermes nas covas, vício e desova. A fonte de minha inspiração secou. Cortaram a minha veia poética. Sou aquela sombra morta.

No amanhã da alegria e fantasia vejo modelos famosas. Morenas, Negras e Loiras lindas e gostosas todas elegantes e charmosas. Quem são essas meninas dengosas que vestem roupas finas pétalas e rosas, talvez várias cores mais. Flores enfeitam uma passarela no mundo de Giselle. No amanhã vejo todos os homens tarados por Giselle "Bundinha", que aliás não tem nada de "bundinha e nem de bundona. É gostosona mesmo. Mesmo assim para que tanta beleza nesse país que exporta pobreza e falta comida na mesa.

No amanhã perdido dei um tempo a esse amanhã, para ensaiar "O eflúvio do amanhã em desejos" e o devaneio anestesiou o meu corpo, mente e cérebro. Restaurei minhas forças. Suguei energia do calor e explosão de um orgasmo e viajei em torno de mim mesmo. Aterrizei no céu em sonhos, desejos e lembranças de um amanhã que jamais chegará.

Fui como se vão os fluxos e eximas
Nesse amanhã pobre de rimas

Me derreti e saí pelo r
A
L
O


THA©KYN


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