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Artigos-->A FESTA DO PT NO TSE CUSTOU R$ 1 MILHÃO -- 23/08/2018 - 11:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A FESTA DO PT NO TSE CUSTOU R$ 1 MILHÃO


 


Eduardo Barretto, repórter da Crusoé


 


NOTA : semanalmente, jornalistas da Crusoé - publicação que eu e o Diogo Mainardi criamos - contam detalhes da cobertura política em Brasília. Bastidores e personagens que só os repórteres que estão ali conhecem. O objetivo é apresentar a você, caro leitor, o jornalismo investigativo e independente da Crusoé , que oferece informação precisa e conhecimento valioso em meio ao mar de fake news das redes e às omissões de outras publicações. O texto de hoje é assinado pelo repórter Eduardo Barretto. 


Boa leitura! Mario Sabino, publisher 


 


A política pode ser comparada a um palco. Há roteiros, fantasias, um punhado de gente operando nos bastidores e atores. Muitos atores. Uma das missões do repórter é mostrar ao leitor o que há além da ribalta.


 


Foi o que busquei na reportagem "Ato pró-Lula no TSE custou um milhão de reais", que assinei no "Diário" da Crusoé . 


 


Eis a situação: era fato consumado que o PT faria um ato para registrar o ex-presidente Lula, preso e condenado na segunda instância. Lula está inelegível segundo a Lei da Ficha Limpa, que ele mesmo sancionou, sem vetos, quando comandou o país. Ainda assim, é líder nas pesquisas. O partido chamou a plateia de militantes e planejou um espetáculo.


 


Dois dias antes do protesto no Tribunal Superior Eleitoral, um petista me avisou que a sigla faria uma reunião para organizar a manifestação. Era noite de uma segunda-feira aparentemente tranquila.


 


Os sem-terra já estavam em cidades ao redor de Brasília e chegariam ao centro da capital no dia seguinte. O encontro dos petistas estava com pinta de low profile. Fui ao local, como manda a cartilha do jornalismo.


 


A reunião seria, ironicamente, em um teatro. Ao lado da sede do PSDB brasiliense, em um prédio decadente e sinônimo de abandono. O público estava minguado. Eu era o único jornalista ali. Com atraso de quase uma hora, o encontro começou, sem grandes estrelas vermelhas. Entrei no auditório com certa facilidade - o evento partidário era público e aberto.


 


Aparentemente, seria mais um encontro do PT local - o que é relativamente frequente. 


 


Enquanto esses políticos começavam a cumprimentar o público e a entoar "Lula livre", surgia um senhor de quase 70 anos, de baixa estatura. Estava em um canto, sozinho, ao celular. De camisa social rosa, ele foi ao meio do palco. Era Gilberto Carvalho, ex-ministro de Lula, o principal canal dele com a militância e que poderia ser o portador de notícias. E foi. 


 


Ele admitiu que o protesto custaria um milhão de reais. Era uma maneira de tentar empolgar os apoiadores e mostrar que aquele seria um dia  fundamental para a campanha petista. 


 


Pouco depois, o deputado distrital Chico Vigilante disse que liberaria os funcionários de seu gabinete e cobrou os parlamentares do Congresso a fazerem o mesmo, porque ele estava "tremendamente preocupado".


 


Dois dias depois, no tal evento do TSE, estavam lá os mesmos personagens. Na frente das câmeras, contudo, não repetiram essas informações que mostramos com exclusividade aos leitores de Crusoé . 


 


A cena do registro de Lula aconteceu, como mandava o script. A maioria dos presentes estava perto do caminhão de som, onde discursos se sucediam à exaustão. 


 


Foi quando pude presenciar, um pouco longe dali, uma cena diferente. O roteiro oficial colocava Lula como o centro das atenções. 


 


Mas quem era candidatíssimo era Fernando Haddad, no papel apenas o vice do ex-presidente. Acompanhado da esposa, ele gravava um programa eleitoral. Quatro vezes. Uma equipe de oito funcionários dirigia o ator Fernando Haddad em frente ao TSE.  


 


Um abraço e até a próxima!


 


Eduardo Barretto, repórter da Crusoé


 

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