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Cartas-->Comemorando juntos -- 28/12/2002 - 16:11 (Heros Miller) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Eu a convido para irmos comemorar na varanda da sua fazenda. Você colocará uma camisola de seda e eu vestirei apenas uma calça jeans, o calor da noite não permitiria outra coisa. Não esquecerei de levar o vinho, indispensável, não apenas prazeiroso, mas ritualístico. Beberei meu vinho, encantado com sua presença, com seu jeito de falar, a maneira como você se move, sua alegria, sua ternura… Tudo isso, tendo ao fundo um enorme jardim de fazenda, com árvores, arbustos, recortados por uma ruela, com bancos de madeira a cada dez passos.

Você falaria, mas eu não entenderia as palavras ditas, eu estarei ligado a você mulher, ao momento encantado que a vida nos estaria dando. Eu me conectarei com você e nossos ancestrais. Essas forças, ampliadas pela natureza da fazenda, que nos definem e nos conduzem. Sentirei em você ao mesmo tempo as energias e sabedoria de Shiva, a agilidade e alegria de Oxossi e o ímpeto do espírito de um Cavalo Selvagem. Tudo sairia de você enquanto você falaria e me olharia. Olhar que propõe, olhar de quem sabe que seduz, olhar amoroso, olhar de fêmea. No meio de tudo vou me concentrar em seus seios, que se destacariam na camisola preta, transparente. São irresistíveis. Você sabe que são irresistíveis. Os mamilos, duas pérolas sob a luz da lua minguante, se insinuariam pela transparência da camisola. Estariam enrigecidos, sob a brisa da noite e sob meus olhares cheios de desejo. Eu me aproximaria e te beijaria, demorada e apaixonadamente. Minha língua percorreria sua boca, seus dentes, cada cantinho. Quero beber as últimas gotas de vinho que se esconderão nas frestas de sua boca. Seu corpo se colaria no meu e suas mãos percorreriam minhas costas nuas. As minhas, trilhariam a a maciez de sua bunda, explorando-a inteira, intermediada pela camisola de seda, ao mesmo tempo que pressionaria seu corpo ao encontro do meu. Você fará um gesto para libertar meu pênis, que estaria comprimido dentro da calça, mas eu resistiria e me afastaria de você.

Quero sorrir diante de seu olhar de surpresa. Vou colocar um disco com uma música romântica e suave. Então eu a convidarei para dançarmos. Iluminados pelas velas dentro de casa e pela lua no céu, nós dançaríamos na varanda. Rostos colados e seu perfume me enlaçando. Naquele instante saberei que jamais esquecerei aquele momento perfeito.

A vida é feita de momentos perfeitos, intercalados por horas, meses, anos, onde tentamos reconstrui-los. Não são muitos. Talvez os contemos nos dedos das mãos. Mas são eles os pilares de nossa vida. Nossa história não se explica sem esses momentos. Eu saberei que aquele momento seria um desses e não vou querer quebrar a magia, o encanto. Seus cabelos brilhando sob a luz azulada da lua, seu rosto iluminado pelas velas, seu corpo colado no meu, a música nos conduzindo, suas mãos em carícia leve e doce nas minhas e seu perfume…

A música terminaria, eu a beijaria novamente. Você me puxará e me convidará. Novamente eu resistirei. Sorrindo, vou conduzi-la para o jardim. Eu recolherei a toalha da mesa e você me seguiria curiosa e surpresa. Naquele momento você me acompanharia para qualquer lugar. Caminhamos sob as árvores de mãos dadas. Você quieta, refugiada, antecipando. Quando chegamos a um ponto que eu já teria escolhido, eu me deterei e novamente a beijarei. Seria ali, naquele ponto, sob a luz da lua que eu iria fazer amor com você. Como numa celebração. Eu me casaria com você num ritual primitivo.

Será a completa fusão com a natureza. No beijo, tudo se selaria, o toque do seu corpo com a brisa da noite, os ruídos do bosque com sua repiração ofegante, o brilho da noite com a pureza da sua pele, e mais que tudo, o cheiro da mata com seu perfume. Minhas mãos irão explorar seu corpo sob a camisola. Voce se ofereceria inteira para mim, já não suportando mais tantos adiamentos. Então eu soltarei a alça da sua camisola e a deixarei cair no chão, revelando seu corpo inteiro para aquelas árvores, arbustos, flores. Você se encostaria em uma árvore, enquanto eu me livro de minha roupa, deixando-se admirar. Imagino que naquele momento voce não se incomodaria com nada, existiríamos apenas nós dois no universo. Eu a deitarei na relva sobre a toalha e começarei a beijá-la. Inteira. Seus lábios querendo me morder, seu corpo procurando o meu, faminta, apressada. Beijarei demoradamente seus seios (ah! seus seios como eu gostaria de vê-los de tocá-los neste instante!). Eu vou virar seu corpo e beijar sua nuca suada, suas costas arrepiadas, sua bunda toda oferecida. Eu me deterei beijando seu ânus, com meus dedos em sua vagina, inserindo nele minha língua, levemente. Você, não resistindo, me chamará para dentro de você. Sem condições de continuar resistindo, eu penetrarei em sua vagina por detrás, como os homens pré-históricos tantas vezes tomaram suas fêmeas. Meu pênis a preencheria inteira, enquanto nós dois gritaríamos de tesão.

Será rápido, não resistiremos por muito tempo, e gozaremos, em comemoração, junto de toda aquela natureza à nossa volta. Sairei de você e nos deitaremos um ao lado do outro, sem interromper um longo beijo de amor. Adormeceremos abraçados. Os primeiros raios de sol entre as árvores nos acordarão.



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