Jorge Guinle*
"As reuniões aconteciam nas casas ou nos clubes. O Clube dos Diários era onde se jogava também. Creio que ficava onde hoje é o Automóvel Clube do Brasil. Havia ainda o Clube de Engenharia e o Jockey Club. Minha família frequentava. Meus pais também recebiam em casa. Todos se conheciam: os Guinle, Inglês de Sousa, Rui Barbosa, Pereira passos, Paulo de Frontin, o Visconde de Figueiredo, Ataulfo de Paiva, Hilário de Gouveia, Escragnolle Dória, Antônio Francisco de Azeredo, Antônio Tomás Quartim. Nossa alta sociedade se compunha daquilo mesmo, umas 400 ou 500 pessoas.
Parodiando o cronista americano, posso dizer que a alta sociedade carioca e brasileira do início do século XX cabia nos salões da família Guinle."
* Jorge Guinle, "Um século de boa vida: memórias de um brasileiro que nunca trabalhou", 1ª edição, São Paulo, Globo, 1997, p. 80. |