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cronicas-->Sem título e só -- 20/12/2002 - 18:45 (Ingrid Valiengo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E veja bem......... nesse engarrafamento todo, há um ar de solidão. A cidade vai embora junto dele. Olho para o cara na esquina, que corre para atravessar a rua, seu semblante é de solidão. E eu aqui, penso na solidão porque nela estou agora. Mesmo junto de pessoas que gosto ainda vivo para projetar a vida desse aqui que passa por mim e nem um sorriso dá.
E nesse momento penso que devo escrever minhas cartas de amor para aquele que não tem um amor. Aquele que jura morar naquela casinha de solidão, que raramente recebe visitas de amigos. Quero escreve-lo e dizer que tenho muitas cartas para mandar. Estou solidária aos que chegam cansados do trabalho, que não suportam o cotidiano e não moram em nenhum lugar afinal.
Vejam comigo, sintam esse calor insuportável que mastiga a cidade. Aquele outro ali nem quer saber se chegará em casa, está assaltando para a morte. Vive para ela. Não liga. O outro sorri do carro que buzina como forma de atenção. Estou no meio deles, quero descer do ónibus, dizer que não vou para casa. Estou cheia de casas solitárias.
Escreverei mil cartas hoje, contarei do dia em que a solidão deu lugar ao caminho certo, onde a certeza fez com que eu suportasse a volta para casa.
Uma viagem qualquer, para qualquer lugar do mundo é o que o passageiro ao meu lado quer. Está cansado do mesmo trajeto. Pede ao avião que cruza a ponte que pare um pouco e o leve. Será que tem lugar para mim?
Hoje escreverei cartas, nada mais. Quem está só e quer uma cartinha, me avise. Estarei esperando para responder.
Vou viajar em mim, volto qualquer dia, se voltar.
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