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Discursos-->O poder negligenciado do amor -- 28/03/2002 - 21:53 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ignorantes, preguiçosos e arrogantes que somos, raramente percebemos as fontes de verdadeiro amor que nos circundam. A pobre ciência, que nos tenta explicar alguma coisa com sua arrogância destemperada e manipulada, é como um livro mal escrito, com os poucos vislumbres que dois ou três malucos tiveram da vida. E apoiados nessas tolas explicações, a maioria de nós tenta alçar a cabeça dura sobre o lamaçal em que estão todos mergulhados.

A teimosia em perceber que nada é ocasional, que somos conseqüência de nós mesmos, traz essa fascinante disparidade de seres aglomerados de acordo com seus níveis de evolução. Ladrões entre ladrões, fracos entre fracos, violentos entre violentos.

E tamanha é a sabedoria universal, que entre esses pobres desmiolados sempre coloca algum ser mais evoluído. Uma avó doente, um pai morto prematuramente, um filho inválido precocemente, e tantas outras opções.

A generosidade de Deus é grande e sabiamente oportuna. Deixa-nos esses seres por perto até o ponto necessário para que aprendamos algumas lições. Lição dada, liberta o anjo que nos acompanha, porque este tem mais o que fazer do que acompanhar as imbecilidades nossas até o túmulo.

Despidos de sua proteção, ficamos ao sabor de nossos caprichos. Nossa ambição, vaidade, egoísmo, serão testados ao limite - solucionado um problema, aguarde o próximo, já foi escrito. A maioria de narizes arrebitados vê nessa frase uma teoria de sofrimento e de pessimismo, mal percebendo a sabedoria dela, e a grande lição que, pacientes, dão-nos a cada dia.

Quantas famílias há, e sempre houve, onde habitava um desses seres iluminados que, calados, davam-nos preciosas lições através de atitudes ponderadas e carregadas de amor. Quantos de nós já repetimos à exaustão: - Vaso ruim não quebra! - ao ver um desses seres nos abandonando enquanto aqui ficavam não mais que doentes, como nós. Mas o que esperar de um hospital senão seres adoecidos, viciados em sua ignorante falta de virtudes?

E mais crescem as dificuldades, pois em prisão não há que se esperar mais que delinqüentes teimosos. E mesmo assim, vez por outra a vida nos permite ver exemplos de verdadeira felicidade, que gostaríamos de usufruir. Mas a ignorância cômoda sempre nos convence a voltar aos nossos lares coniventes com nosso estado de evolução, para lá batermos a cara contra a parede quantas vezes for preciso, até que nosso orgulho seja esmagado e dele brote um pouco de amor verdadeiro e sabedoria, porque se há um planeta onde a maioria absoluta é composta de asnos, esse planeta é o que habitamos.

E, desde séculos, nosso último pensamento é um mero: - Meu Deus!
Nesse inferno moral, e ambiental em que vivemos, fruto do que decidimos fazer, há milhares e milhares de paraísos, como amostra do nosso inevitável futuro. A teimosia de atrasar nossos relógios nada mais é que uma semente que vamos colher mais adiante.

A intuição nos mostra o futuro brilhante que insistimos em empurrar mais para frente. Decisões como: - Amanhã paro de fumar!

O sol continua nascendo e dourando os horizontes. A lua enfeita as noites de céu limpo. Estrelas já mortas ainda nos enviam sua luz a provar que quanto mais léguas conhecermos, outras tantas continuarão a surgir. A maravilhosa ausência do tempo que contamos dia após dia não se cansa de mostrar o infinito, que nossos sábios tentam decifrar em fórmulas. Nossa cultura iniciante cumpre seu papel, ao nos tentar com suas definições passageiras, que logo declamamos com orelhas de abano.

Desdenhamos da maior caridade que recebemos ao nascer, que é o esquecimento de nossas agruras para uma nova chance de fazer algo de útil. Teimosos, somos cegos ao ver que nos deram como filhos, esposa ou mãe, aqueles de quem fomos mortais inimigos, e assim aprender o sentido do verdadeiro amor. E quantas vezes nos permitem ter ao lado nossos maiores amores, sem que por isso deixemos de reclamar e dar com os burros n água ao enfrentar nossas lições a aprender.

Óbvio é que poucos de nós permanecerão, mas também óbvio é o destino que nos aguarda como generoso castigo. Preguiçosos que somos, vamos habitar outro mundo, onde nossa preguiça será ágil perante os novos compatriotas. E assim, usando-nos como adubo, Deus faz caminhar a evolução dos mundos.

Ser paciente, que nos dá a opção de subir ou permanecer, de escolhermos a quantidade de calos que queremos ter nas mãos.

No fundo, é uma questão de inteligência, ou de amor. Com os canteiros bem à nossa frente, semeamos o que quisermos. E vamos colher no momento certo.




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