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Cronicas-->Acredite no Amor -- 21/12/2002 - 23:44 (Rachel de Azevêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Há quem não acredite no amor. E há quem diga que amor é a única coisa que dá real sentido à vida. Concordo com as últimas.
Certa vez, conheci um rapaz que levava uma vida "desregrada". Bebia muito, fumava mais ainda (sem preconceitos!), e supera essas duas, no quesito namoro. Por mais absurdo que possa parecer, havia namorado quase todas as meninas de seu bairro, e as salvas pelo quase eram apaixonadas por ele. Pudera! Um rapaz incrivelmente bonito, charmoso, encantador. Era o sonho de qualquer mulher, o príncipe encantado de qualquer mocinha. Porém, não conseguia fixar-se a ninguém, e não sabia por quê. Sentia-se vazio, e por isso buscava o que lhe completasse.
Provavelmente, essa dificuldade em se apaixonar fosse seu maior atrativo. O ser humano gosta de desafios. E quando o assunto é o coração, vencer o desafio é a maior realização. A moça que conseguisse fazer o rapaz se apaixonar, seria admirada (ou invejada!). Mas não importava o que elas fizessem, ele sempre encontrava um bom motivo pra terminar.
O amor é mais que beleza ou inteligência. Ele acontece sem explicação, sem razão aparente. Não se planeja amor. Apenas, num dia igual aos outros, acontece. E o amor acontece todos os dias, para pessoas diferentes. E nasce mais bonito nos dias seguintes para pessoas iguais.
Num dia, como em outro dia qualquer, o rapaz acordou, vestiu-se e foi assistir aula. Lá, sentou-se onde sempre sentava, entre seus dois grandes amigos: um outro rapaz e uma moça. Era quinta-feira, e, como em todas as quintas depois da aula, iriam ao cinema.
A aula terminou e seguiram os três à sua rotina. Ao final do filme, já era tardinha. Seguiram, cada um, seu caminho. Já em casa, o rapaz repassou o conteúdo da aula, e em seu tempo livre pós-se a pensar.
"Vida monótona. Todo dia a mesma coisa. Toda quinta, cinema. O que me salva são os dois mosqueteiros. Acho que vou é mudar o cinema pra quarta. De repente, eu me animo.
Ele deviria perceber que mudar o dia do cinema não iria acabar com seu tédio. Seu problema era a descrença no amor. Como querer que lhe venha algo, quando nem ao menos se acredita? O amor precisa de espaço.
O rapaz continua desacreditando, continua sem sentido. Mudou o dia do cinema pra quarta. E depois pra terça. E em seguida pra sexta. Mas isso não importa muito, porque nós somos fiéis ao cinema. Só temos tentado avisar ao mosqueteiro mor que a semana possui apenas sete dias!

26/09/02
Ana Rachel de Azevêdo
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