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| Poesias-->Momento singular -- 30/08/2003 - 00:18 (Priscila de Loureiro Coelho) |
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Acomodo-me frente ao micro para iniciar meu trabalho
Enquanto meus pensamentos se organizam
E permitem que meus sentimentos se expressem através deles
Eis que me aquieto e entrego-me ao prazer do mundo das idéias...
Ah! Embriaga-me a sensação de liberdade
Perambulando entre as emoções que passeiam ao meu redor
Quando me desligo de tudo para apenas escrever
Eis algo que me enche de prazer!
E que me leva perto da felicidade
Há um sutil pressentimento
Como se adivinhasse uma presença sorrateira
A espreitar-me neste momento de descontração
Mais que isso, um quase sentimento
Que me preenche inteira
Da alma ao corpo indo até o coração
Ao penetrar no universo desta outra dimensão
Deixo-me vagar sem direção alguma
É licito mergulhar no infinito que me acolhe carinhosamente
Posso sentir o farfalhar da ilusão
E toda densidade da paixão
Brincando com meus receios, carinhosamente.
Nada é tão silencioso como o momento da criação!
Nada mais precioso que o bater acelerado de um coração
Deixo-me entregue a estas sensações deliciosas
Que saciam meu desejo de sentir-me livre, despreocupada
Ao me julgar tremendamente amada...
Nada é mais ruidoso que o movimento do coração apaixonado
Que pulsa desenfreadamente, alucinado
Emitindo uma doce melodia
Tudo em mim traduz paixão intensa
Que soa como estranha recompensa
Na forma de louca euforia
Meus dedos voam livres pelo teclado
Buscando termos, vocábulos que dêem conta do que sinto
Criando palavras e frases que traduzam o que habita meu interior
Meu espírito movimenta-se fluído, esparramado
Vence as trapaças de todo labirinto
Que logra e confunde meu amor...
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas
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