Pássaros libertos
Tantos beijos fechados no meu peito,
querendo voar como pássaros libertos.
Materializar esses voos rasantes
que como kamikases
se esmagam contra as ondas
em gritos lancinantes.
Alcançar o céu, o infinito,
pleno de azul etéreo e cósmico,
foi sempre o que busquei.
Viajar, vogar!
E de lá só voltar
de manhã num raio de luz,
num cavalo alado,
que se chama pensamento
mas que poderia se chamar realidade.
Isabel Duarte
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