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Poesias-->Na poeira do tempo -- 30/08/2003 - 21:47 (Isabel Duarte) |
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Na poeira do tempo
Na poeira do tempo
uma flor que riu e desmaiou
de pétala em pétala se espalhou.
No desfiar de mágoas que colhi
procuro ainda a tua mão.
Esquecer? Porquê?
Se é a vida a palpitar em mim,
não é um sonho vão.
Por baixo das cinzas posso ver
as labaredas que queimaram
e ainda moram no silêncio do meu ser.
Estranhas criaturas, habitantes famintos,
a percorrer os subterrâneos do meu eu,
condenados a se tornar malditos.
Isabel Duarte
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