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Cronicas-->Crónica N º 1 -- 22/12/2002 - 23:14 (Rachel de Azevêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Eu me encontro num estado de alma sem definição. Não sei o que sinto, mas sinto-me vazia de Amor. E isto é ruim. Vejo tudo de uma mesma maneira. E qualquer situação contida neste tudo não mexe comigo. Estou indiferente, estou fria, sem ànimo, sem empolgação.
Amor é a única coisa capaz de dar sentido à vida de alguém. Amor aos pais, aos filhos, aos irmãos, aos amigos. Mas o único Amor capaz de tirar o peso dos problemas, de fazer sumirem as preocupações, é o amor-paixão. Ele te deixa leve, feliz. Dá paz!
A última vez que me senti assim, lembro bem. Ele era um rapaz maravilhoso! Lindo! Por dentro e por fora! E ele tinha as mais belas pernas que um rapaz poderia ter! Eu seria capaz de passar a vida ouvindo sua risada! Ele sabia rir! Ria das coisas banais. Ria de si mesmo, sem cerimónia.
Antes de conviver com ele, o admirava. Depois de conhecê-lo, obtive verdadeira paixão. Era algo tão verdadeiro que o simples fato de vê-lo transformava um dia comum no melhor dia da minha vida. Tive os melhores dias perto dele. Acho que ele não sabia. Na verdade, ele pensava que todos os meus sentimentos por ele eram causas de euforia dos meus 17 anos.Talvez ele pensasse que eu só entendia do Amor escrito, quando na verdade meu sentimento por ele me punha num estado de êxtase que me tornava incapaz de escrever uma única linha, porque eu mal conseguia raciocinar.
Para quem está pensando que a estória se resume a olhares e confusões mentais, pare! Estivemos juntos! Pensei que soubesse o que é desejo. Mas depois que nos beijamos conheci o real sentido da palavra. Não sabia o que é perder-se em um beijo, perder a noção do mundo. Estar com ele me fazia feliz. Poder beijá-lo, tocá-lo.
Houve um momento em que quis sumir com ele, morar num outro lugar, ou pelo menos viajar, para fugir dos problemas que eu sabia que nos afastariam. Foi quando eu soube que o amava. Estava com medo de perde-lo. Mas sabia também que não se foge de problemas, apenas se adia.
Hoje sei que ele não ter sido meu, não ter se permitido viver algo comigo, foi o que nos afastou. Se ele tivesse dado essa chance pra nós dois, teria sido diferente. Mas ele decidiu, simplesmente não tentar. Quem sabe ele também sentiu que iria dar certo. E dar certo não era muito normal.
Esse rapaz foi muito especial na minha vida. Ele me fez querer coisas que eu nunca quis. Casar, ter filhos, por exemplo. Eu só queria estar com ele o tempo todo, porque me fazia bem. Acho que nunca disse isso a ele...
Depois de contar um pouco dessa estória, não posso tentar convencer alguém de que meu sentimento acabou. Eu o amo! Se ele quisesse casar, eu casaria. Se quisesse ter filhos, eu teria. Se ele quisesse ir embora, mudar de estado, país, eu iria com ele! Mas hoje, dele, eu gostaria apenas de uma chance pra nós dois, pra fazer dar certo, pra torna-lo feliz e estar feliz. O problema é que existe uma pessoa entre nós: ele mesmo!


Ana Rachel de Azevêdo
04/10/02
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